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Saiba aqui que notícias marcam a agenda de hoje

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Os trabalhadores da Transtejo/Soflusa, empresas que asseguram a ligação fluvial entre Lisboa e a margem sul do Tejo, iniciam hoje uma greve parcial de três horas por turno, após falta de entendimento com a administração.

A decisão foi tomada depois de uma reunião com a administração que gere as duas empresas e que foi "inconclusiva", segundo a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações.

Assim, os trabalhadores da Transtejo e da Soflusa mantiveram a intenção de realizar, hoje e quinta-feira, uma paralisação parcial, reivindicando uma atualização salarial.

A Transtejo assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, e Lisboa, enquanto a Soflusa é responsável por ligar o Barreiro à capital.

Hoje, também é notícia:

CULTURA

O Estatuto dos Profissionais da Cultura, que esteve em discussão pública entre maio e junho, está em foco na audição da ministra da Cultura, Graça Fonseca, na comissão parlamentar de Cultura e Comunicação.

Aprovado em Conselho de Ministros, em 22 de abril, colocado em discussão pública, de 05 de maio a 17 de junho, esteve em elaboração desde meados do ano passado, com o objetivo de abranger as áreas do registo profissional, do regime laboral e do regime contributivo, dos trabalhadores do espetáculo, em função das especificidades do setor.

Sujeito a críticas, da parte de diferentes associações profissionais, que alertaram para a possibilidade de reforçar a precariedade, entre outros riscos, o estatuto recebeu, durante a consulta pública, 72 contributos, como adiantou o Ministério da Cultura, tendo os responsáveis governamentais manifestado disponibilidade para introduzir alterações no diploma.

A audição de Graça Fonseca é feita a pedido do Bloco de Esquerda, cerca de um mês após a conclusão da consulta pública, e acontece depois da audição regimental da ministra, também marcada para hoje, que visa a análise de todo o setor sob a sua tutela. Em 25 de junho, Graça Fonseca exonerou o diretor-geral do Património Cultural Bernardo Alabaça, com "efeitos imediatos", pela alegada situação de inoperacionalidade daquele organismo.

ECONOMIA

A Euronext Lisboa assinala hoje a entrada em bolsa da Greenvolt, subsidiária da Altri para o setor das energias renováveis, que começará a negociar na quinta-feira, depois de uma Oferta Pública Inicial (IPO) de 4,25 euros.

Assim, hoje pelas 16:30 tocará o sino na Euronext Lisboa, símbolo da entrada de uma nova empresa em bolsa, numa cerimónia que contará com a presença de responsáveis da Euronext, da Greenvolt e da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

As notas de abertura serão feitas por Isabel Ucha, presidente da Euronext Lisboa, estando também previstas intervenções do presidente da Greenvolt, João Manso Neto, do administrador financeiro da empresa, Miguel Valente, e ainda da presidente da CMVM, Gabriela Figueiredo Dias.

O título da Greenvolt começará a ser negociado a partir de quinta-feira.

O IGCP realiza hoje dois leilões de Obrigações do Tesouro (OT) a cerca de 10 e 16 anos, com um montante indicativo global entre 750 milhões de euros e 1.000 milhões de euros.

As maturidades das OT são em 18 de outubro de 2030 (cerca de nove anos e meio), com um cupão de 0,475%, e em 15 de abril de 2037 (cerca de 16,5 anos), com um cupão de 4,1%.

No anterior leilão comparável a 10 anos, em 09 de junho, Portugal colocou 700 milhões de euros em OT à taxa de juro de 0,397%, inferior à de 0,505% registada num leilão com prazo semelhante em 12 de maio, quando foram colocados 551 milhões de euros.

A procura cifrou-se em 1.074 milhões de euros, 1,53 vezes o montante colocado.

Em relação ao prazo mais longo, no anterior leilão comparável, em 12 de maio, o IGCP colocou 699 milhões de euros à taxa de juro de 0,841% e a procura atingiu 1.172 milhões de euros, 1,68 vezes o montante colocado.

INTERNACIONAL

A Comissão Europeia vai apresentar hoje um pacote legislativo intitulado 'Fit for 55' que visa assegurar que a União Europeia cumpre a meta de redução de 55% das emissões até 2030, relativamente aos níveis de 1990.

Após a aprovação, em abril, da Lei Europeia do Clima -- que consagra na legislação europeia o objetivo de atingir a neutralidade climática até 2050 e um corte nas emissões de gases com efeito de estufa de pelo menos 55% até 2030 --, o pacote que será hoje apresentado é constituído por 13 propostas legislativas, e irá abarcar áreas tão diversas como o setor dos transportes, da energia, da aviação ou da eficiência energética dos prédios.

Dividido entre propostas legislativas novas e a revisão de regulamentos antigos, o principal objetivo do pacote é o de garantir que a União Europeia (UE) cumpre a meta estipulada para daqui a nove anos e se mantém no caminho para atingir a neutralidade climática até 2050.

Após a apresentação do pacote em questão, o conjunto das 13 propostas legislativas passará para o Parlamento Europeu e para o Conselho da UE - que representa o conjunto dos Estados-membros - que irão entrar em negociações interinstitucionais para aprovar o conjunto de medidas, num processo que se prevê que irá demorar vários meses.

LUSOFONIA, COMUNIDADES E ÁFRICA

A União Nacional de Trabalhadores da Guiné-Bissau (UNTG) inicia hoje uma série de protestos, que vão decorrer até 03 de agosto, depois de considerar que já não consegue resolver os "problemas com o Governo".

O protesto vai ter início junto à sede da UNTG, em Bissau, e terminar na Assembleia Nacional Popular e foi marcado depois de a UNTG "já não estar a conseguir resolver os problemas com o Governo", disse o porta-voz da principal central sindical guineense, Malam Indjai.

A UNTG tem convocado, desde dezembro, ondas de greves gerais na função pública, para exigir do Governo, entre outras reivindicações, a exoneração de funcionários contratados sem concurso público, melhoria de condições laborais e o aumento do salário mínimo dos atuais 50.000 francos cfa (76 euros) para o dobro.

O Governo guineense tem proibido a realização de manifestações por causa da pandemia provocada pelo novo coronavírus.

SOCIEDADE

A Ordem dos Médicos (OM) apresenta hoje uma proposta de uma nova matriz de risco para a avaliação da pandemia de covid-19 e que resulta de uma parceria com o Instituto Superior Técnico.

Para a OM, "a evolução da pandemia exige que a avaliação do impacto do vírus SARS-CoV-2 seja feita de forma mais global" e a atual matriz de risco "já não é uma ferramenta suficientemente completa" para que a economia possa funcionar em simultâneo com a proteção da saúde da população.

O bastonário Miguel Guimarães afastou recentemente a necessidade de "grandes medidas de confinamento", mas defendeu o reforço de outras, como o uso de máscara, mesmo para as pessoas vacinadas, e a realização massiva de testes rápidos de antigénio para controlar surtos em casamentos, batizados, e em atividades culturais e desportivas.

A matriz de risco usada atualmente pelas autoridades de saúde inclui os dados do Rt -- que estima o número de casos secundários resultantes de uma pessoa infetada -- e da incidência de novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias.