Madeira

PSD quer apoio da UE para Economia do Envelhecimento

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Cláudia Monteiro de Aguiar vai apresentar no Parlamento Europeu uma Proposta de Resolução para discutir a implementação, na União Europeia, de uma economia do envelhecimento.

A social-democrata está preocupada com o "efeito da pandemia junto da população sénior e as debilidades evidenciadas pelos sistemas actualmente em vigor", defendendo assim a necessidade de centrar a discussão “na criação de sistemas de cuidados de longa duração, de qualidade e integrativos, de acesso universal”.

“A população europeia, em especial a portuguesa, regista uma tendência de envelhecimento bem pronunciada, o que nos vai colocar muitos desafios ao nível da sustentabilidade orçamental, que é importante, mas sobretudo ao nível dos cuidados de saúde, manifestamente escassos em Portugal, cuidados de longa duração, bem-estar e em termos de coesão social. Esta pandemia pronunciou aquilo que já era uma realidade: a população sénior, em especial a das regiões mais isoladas, não têm mecanismos de apoio que permitam uma qualidade de vida digna”, referiu a eurodeputada.

Simultaneamente, sublinha Cláudia Monteiro de Aguiar, “a economia do envelhecimento proporciona um conjunto de oportunidades ao nível da criação de emprego e negócios na área da saúde - como o próprio turismo de saúde -, que regiões como a Madeira e os Açores podem aproveitar por deterem uma vantagem competitiva óbvia: bom clima, qualidade de vida e, devido ao seu isolamento característico, mais resguardada de futuros surtos pandémicos”.

A eurodeputada reforça que Portugal é "um dos países que mais pode beneficiar" com a implementação destas políticas que prolonguem a vida activa e o voluntariado junto dos mais velhos. "Regiões como a Madeira e os Açores podem ser alvo de projetos-piloto, apoiados pela UE, no desenvolvimento de sistemas de cuidados de longa duração”, aponta.

Cláudia Monteiro de Aguiar que, a este propósito, sublinha ainda que o Sistema Nacional de Saúde desempenha um papel crucial neste processo, mas sem excluir a oferta privada nem as instituições de solidariedade social, que "devem funcionar de forma coordenada e complementar".