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A rede mundial da pobreza

É cada vez mais acentuado o fosso entre os que têm demasiado e aqueles que nada tem, os que ganham aos milhares e os que ganham cêntimos cujo trabalho de varredor é tão útil como o de um gestor, na medida em que cada um é imprescindível às suas funções.

Isto é a tão badalada desigualdade salarial, é a tão badalada desigualdade social, isto é uma escravatura moderna cuja população já entranhou que tem de ser assim e já nem reclama. As associações de caridade proliferam como cogumelos após uma noite de chuva e tudo isto, governos e população, acham normal porque na sociedade em que vivemos convencem-nos que os trabalhadores tem que viver numa rede mundial de miserabilidade. Todavia, deveríamos questionar: Se não há possibilidade de aumentar o nosso nível de vida em mais meia dúzia de euros de onde veio os 750 mil milhões da famosa “Bazuca” europeia que Bruxelas disponibilizou, mais os biliões de dólares que os americanos desenterraram, mais os biliões de yenes que os chineses tiraram dos cofres para acudir à pandemia? Onde estava todo esse dinheiro? A população que contam os cêntimos para chegar ao fim do mês, faziam uma pálida ideia que havia tanto dinheiro no mundo?

Caro leitor, dinheiro existe e não caiu do céu, está é nas mãos do Banco Mundial que nasce de um acordo chamado Bretton woods assinado em 1944, após a 2ª guerra mundial liderado pelos Estados Unidos a fim de conceder empréstimos aos países europeus devastados pela guerra. Hoje está dividido em várias instituições, autênticas máquinas de cunhar dinheiro proveniente dos juros dos empréstimos megalómanos em todo o mundo. A este junta-se o FMI (Fundo Monetário Internacional) a Goldman sachs, a Reserva Federal dos EUA todos eles pertencentes a poderosas famílias da alta finança que ganham fortunas que o simples mortal nem lhe passa pela cabeça.

Todos eles foram idealizados para ajudar a equilibrar a economia mundial, hoje, porém, comportam-se como grandes agiotas que controlam a fortuna no Mundo e até os próprios governos. Sejam eles democráticos ou ditadores. A eles interessa que os ordenados sejam baixos e que o custo de vida seja alto para que os governos sejam obrigados a subsidiar tudo o que mexe na economia e financiar a pobreza e depois tenham que contrair empréstimos junto de tais organismos que assim ganham fortunas fabulosas em juros. A economia mundial é conjuntural e está esquematizada por eles obedecendo a um ardiloso esquema financeiro de modo a terem a chamada rede de escravatura moderna sempre controlada.

E ninguém tenha dúvidas que todo este dinheiro agora espalhado pelo Mundo para ajudar os efeitos da pandemia é mais um fabuloso negócio para estes magnatas terem os “escravos” nas mãos. Governos eleitos são apenas uma ilusão para pensarmos que vivemos em democracia e liberdade. É pura ficção porque estamos diariamente a ser controlados por estes organismos, detentores de toda a fortuna no Mundo.

Para ilustrar o quadro que acima descrevi e para que o leitor façam uma ideia, cito apenas algumas das famílias mais ricas, donas do dinheiro existente no Planeta: Família Rokefeller, família Rothchild e a família Walton do grupo Walmart. Segundo um ranking elaborado pela Bloomberg em 2019, só os lucros desta família, Walton, quedava-se pela módica quantia de 70 mil dólares por minuto, 4 milhões por hora e 100 milhões por dia. Dá para acreditar?

Com vêm, existe dinheiro no Mundo para que as pessoas não tivessem que apertar tanto o cinto mas se ele está concentrado em meia dúzia de famílias, os restantes mortais terão que resignar-se a viver das migalhas que sobra da mesa. Sempre houve e haverá ricos e pobres mas o que não faz sentido é tanta desigualdade. Assim é fácil compreender que os governos eleitos são simples marionetas nas mãos destas poderosas famílias e são constrangidos a subir ou descer impostos quando eles querem.

Se, pelo contrário, a riqueza fosse regrada pelo poder político eleito pelas populações, a verdadeira razão do Mundo existir, viveríamos com dignidade e não com subsídios, esmolas e migalhas dessa gente que manipula o custo de vida consoante o vencimento dos que trabalham todos os dias para que eles continuem a aumentar a fortuna desregrada. Alguém acredita na tão propalada justiça social que nos impingem?