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Prémio Oceanos abre inscrições para 2021

A escritora madeirense Ana Teresa Pereira venceu o Prémio Oceanos 2017 com o romance 'Karen'
A escritora madeirense Ana Teresa Pereira venceu o Prémio Oceanos 2017 com o romance 'Karen', Arquivo

As inscrições para a edição deste ano do Oceanos - Prémio de Literatura em Língua Portuguesa abrem na segunda-feira, e decorrerão até 18 de abril, com um processo de recolha de informações para um banco de dados literários inédito.

Para a edição de 2021, poderão ser inscritos romances, livros de poesia, contos, crónicas e dramaturgia publicados entre 01 de janeiro e 31 de dezembro do ano passado.

Podem concorrem obras editadas em qualquer lugar do mundo, desde que escritas originalmente em língua portuguesa, segundo informou a organização do Oceanos em comunicado.

As inscrições podem ser feitas pela editora e/ou pelo autor dos livros, através do preenchimento da ficha de inscrição e a inclusão da obra no 'site' do Itaú Cultural.

"A tecnologia desenvolvida pelo Itaú Cultural permite que todos os livros inscritos e validados pela curadoria do prémio sejam avaliados numa plataforma digital por júris internacionais, compostos por escritores, poetas, professores e críticos literários dos países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). As obras passarão por um processo de avaliação realizado em três etapas até chegar a três vencedores", explica o comunicado.

A partir deste ano, além do patrocínio do Banco Itaú e da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB), de Portugal, e do apoio institucional da CPLP, o Oceanos passa a contar também com a parceria do Instituto Cultural Vale.

Essas instituições estarão, a partir deste ano, a trabalhar em benefício do principal objetivo do Oceanos, que é ampliar o conhecimento sobre as literaturas dos países membros da CPLP através do mapeamento da produção literária em língua portuguesa.

Nesse sentido, junto às inscrições, o prémio dará início a um processo de recolha de informações para a constituição de um banco de dados literários inédito, "que permitirá identificar tendências e lacunas", de acordo com a organização.

Essas informações "serão coligidas, tratadas e analisadas, e aos resultados será dada ampla divulgação junto a todos os atores da dinâmica do livro, na qual se incluem também os órgãos governamentais, educacionais, empresariais, as universidades, a imprensa e o público em geral", diz o comunicado.

"Queremos contribuir para o desenvolvimento do mercado editorial como recurso para o fortalecimento da literatura escrita em língua portuguesa, da profissionalização do autor e do sistema editorial", advogou a coordenadora do projeto, Selma Caetano.

Em relação ao prémio, o seu processo de avaliação será realizado em três etapas, sendo que na primeira o júri de avaliação elege as 50 obras semifinalistas entre os concorrentes e escolhe, por votação, os membros dos júris subsequentes (etapa intermediário e final).

Na segunda etapa, o júri intermediário selecionará 10 finalistas entre os 50 semifinalistas eleitos pelo júri anterior. Por fim, na terceira etapa, o júri final definirá os três vencedores entre os 10 finalistas.

Todos os livros inscritos concorrem entre si, independentemente do género literário, pelas três premiações, com valor total de 250 mil reais (37.300 euros, no câmbio atual), sendo que 120 mil reais (17.900 euros) serão destinados ao primeiro colocado, 80 mil reais (11.900 euros) para o segundo e 50 mil reais (7.470 euros) para o terceiro.

A curadoria desta edição é formada pela linguista Adelaide Monteiro, de Cabo Verde, a escritora e jornalista Isabel Lucas, de Portugal, e o jornalista Manuel da Costa Pinto, do Brasil, com coordenação da gestora cultural Selma Caetano.