Eleições Municipais II

Governar é mudar; propor a continuidade, aceitável, só para quem, se recandidata; é um contra senso, para quem, propõe ser diferente, assim como, alternativa.

Mudar sistemas e modelos, é uma necessidade quando a continuidade, demonstra ser incapaz de solucionar problemas que se tornam crónicos.

É urgente mudar o paradigma da governação.

É crucial o foco na cidadania e na família.

Actualmente o município do Funchal precisa de um abanão e de mudanças radicais.

Precisamos de um novo modelo de apoio na habitação social, e acabar definitivamente com a figura de senhorio do município, ao estilo do que se fez com a colonia: os bairros sociais, não podem ser problema, não podem promover a exclusão social, nem constituírem guetos, onde a génese de outros problemas sociais tem uma origem, precisamente pela contínua manutenção da miséria e pela contínua aposta no subsídio, e não no aumento de rendimentos provenientes do trabalho ou de actividade produtiva.

Integrar e distribuir as famílias que necessitam de apoio na habitação, no normal parque habitacional da cidade. A cada família a sua casa, de sua propriedade, o apoio deve ter esse objectivo final.

A SHF, extinta, a criação da “Habitat-Suporte Familia”, a sua integração no núcleo executivo, do ATRIUM FUNCHAL, uma rede municipal de gestão e administração da cidade, fundada á luz de regulamento autónomo, orientado e baseado na Lei nacional que implementa as redes municipais, devidamente adaptada á realidade social, cultural, empresarial, de solidariedade e de condições de saúde do concelho do Funchal.

As políticas sociais devem apostar no rendimento, sustentável, por uma aposta transversal, também, na educação e formação, superior e profissional.

A saúde no concelho, deve apostar numa colaboração de proximidade com estruturas do SRS, que apostem também na descentralização e desconcentração dos cuidados de saúde, aos munícipes e fregueses mais vulneráveis, as crianças, os idosos, ou os com doença crónica e incapacitante. O ATRIUM FUNCHAL desenvolve uma estratégia cooperativa, colaborativa e de proximidade.

Chamar ao espectro da governação a “cidade e o cidadão”, os chamar ao ATRIUM da governação.

Trazer toda a actidade nuclear da cidade ao núcleo executivo do ATRIUM FUNCHAL e governar em proximidade com respeito pela opinião dos principais Nucleos que dinamizam a cidade.

Questões do PDM assim como da divisão de Urbanismo e de obras públicas, simplificar e agilizar procedimentos: continua o clima de favorecimento, e de uma exigência que toma, foros de uma intransigência crónica, com os mais fracos, e um facilitismo doentio com os mais fortes e poderosos; inaceitável.

Alterar profundamente o estilo de governação, 4 reuniões mensais, para uma cidade da dimensão do Funchal é um excesso. Duas reunioes , mensais, e a extinção de reuniões públicas, com a opção de uma maior actividade produtiva da loja do município assim como contatos diretos e agendados com as equipes de assessores e apoio aos vereadores; criar a figura de Provedor do Freguês, sendo as juntas a tratar de questões particulares dos cidadãos, apresentar soluções em pareceria com o município e respectivo vereador.

O eleito tem de governar e tem de gerir, administrar, fazendo aplicar o seu programa eleitoral, não pode perder tempo com questões políticas, que muitas vezes são criadas com o fim de desestabilizar e empatar o trabalho de quem governa, a tal oposição sempre do contra, sempre insatisfeita e focada no poder.

Portanto urge mudar, trabalhar, com menos teatralidade política, para uma cidade que ofereça qualidade de vida e segurança.

J. Edgar M da Silva