Eleições Municipais

Governar Municípios, é governar para as famílias.

Os partidos, escolhem os seus candidatos, avulso, esquecem, desta particularidade: num município, contam as famílias, as empresas, sustentáveis garantindo emprego e sendo socialmente responsáveis.

Estaremos atentos, alguns cidadãos, ás equipes que propõem como candidatos, e veremos a sua sensibilidade para o foco, família.

Porque sabemos, que os até agora, que governaram, supostamente para o povo, na verdade, foram escolhidos, para representar interesses de grupos, e interesses particulares do seu partido, que estão ao serviço de tais, grupos, onde impera uma promiscuidade, visíveis nas nomeações por confiança política, que são, nada mais, que um pagamento de favores de alianças políticas.

A “Confiança”, nomeou para a SHF, sem considerar a competência e descurando o objectivo social da empresa municipal.

A “MUDANÇA” serviu um propósito; não mudou o estilo de governação no município, foi antes uma continuidade caótica, sim, foi a preparação de uma estratégia, maior, a de governar a RAM, que falhou por um triz, não fosse a aplicação da solução, geringonça.

Assistimos, em alguns partidos, a uma dinâmica de caça ao tacho, inclusive, nos que se apresentam, como diferentes, mas tão parecidos com os que dominam, estes actos eleitorais, á décadas, pior, alguns até se oferecem como bóias de salvação: inaceitável.

Nunca, se abre em política, o jogo, por antecipação, nunca.

Alguém, ou uma equipa, que se apresente como candidata á governação do município, tem de conhecer os problemas que afligem os munícipes e fregueses, assim, como traçar e apresentar eventuais soluções, porque só se apresentar, não chega, tem de esclarecer ao que vêm.

A actual obediência e a disciplina partidária conduz nos partidos á existência de mediocridade associada a uma pueril subserviência; naturalmente não sabem lidar com a democracia nem toleram, nem respeitam, a neutralidade é a opção por outras tomadas de posição, são monólogos partidários, estéreis.

Hoje a filiação, num partido, é um mero procedimento administrativo, no oceano da democracia os partidos são canoas, meros instrumentos, já que se insiste em Portugal impedir e dificultar as candidaturas independentes, pena que foram os próprios partidos do arco da governação que infectaram a democracia, são hoje parasitas do sistema.

Assiste-se nas campanhas, sempre a defesa das mesmas e aborrecidas temáticas, de eternos problemas da cidade que se eternizam.

Que problemas afectam fortemente o município, os que, devem ser rapidamente identificados, assim como definir uma lista de prioridades, na sua resolução efectiva e eficiente.

No Funchal, a mendicidade e a toxicodependência andam de mãos dadas, abraçadas pela violência, geradoras de insegurança, e sujam a imagem da cidade, logo uma cidade atractiva está longe de o ser.

Temos no Funchal, há demasiados anos, um problema de habitação social, onde se somam problemas transversais de muitas famílias, incapazes de gerir a sua economia familiar, algumas ficam eternamente dependentes de apoios sociais, habituam-se simplesmente a viver de apoios, e sem nada contribuir, antes pelo contrário, tornam-se experts no exigir.

Temos os partido do subsídio, e alguns são defensores, do subsídio a dobrar, com uma classe média, já cansada de pagar.

Solucionar problemas sociais, não interessa a alguns partidos, já que sem eles, o seu eleitorado, submisso e disciplinado, ganha asas, ganha capacidade para pensar, recuperam a sua dignidade, e sim, passam a votar com total liberdade, por isso, os partidos do subsídio, nem querem ouvir falar em famílias com rendimentos adequados, nem em famílias com a sua casinha própria, nem qualidade de vida com origem no trabalho digno e salário adequado, querem uma sociedade manietada e de braço e estendido, e agora com a bazuca e o PRR, vai ser uma festa.

Querem eles sim, dominar as suas IPSS, as Casas do Povo, onde metem os seus militantes, querem sim, ser os eternos senhorios, dominando empresas públicas de habitação social onde metem, também os seus gestores públicos nomeados ganhando balúrdios, assim temos o IHM e a SHF no Funchal.

Quem são as equipas que querem inverter estas vergonhosas situações?

O PS e o PSD já demonstraram por actos governativos, que são a favor do controlo da miséria em seu favor, sem esse controlo, perdem capacidade eleitoral.

Temos 40 anos de exemplos... Temos 40 anos de problemas que se eternizam, e que são sempre tema nas campanhas eleitorais.

No contexto actual, o social, deve liderar a equipa, o lucro social, sim, ser incluído, na contabilidade governativa, como activos, e considerada uma parcela geradora de lucro contabilístico.

Aguardemos, mas seria bom que o eleitorado apostasse, naqueles que dão menos nas vistas.

“Por muito tempo tem sido um dos meus axiomas que as pequenas coisas são infinitamente mais importantes”, afirmou Doyle.

Na política também, as pequenas coisas, são infinitamente mais importantes, e a família unida, sustentável e feliz torna uma cidade atrativa e segura.

J. Edgar M. da Silva