Um estrangeiro no seu próprio país

Vivo no meu país, trabalho no meu país, mas serei sempre um estrangeiro nesta terra.

Por ser madeirense e por não abandonar as minhas raízes nem o meu sotaque, nunca serei aceite como português nesta terra.

Terei de andar sempre com as tralhas as costas e uma mágoa por ter cada um dos pés em dois sítios diferentes, pois em nenhum serei aceite a 100%. A vida assim o exige, o trabalho comanda a vida de quem não nasceu em berço de ouro. E as caras vão ficando pelos caminhos da memória.

Parecem dois países diferentes, que só partilham o mesmo nome.

R .N.