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Costa afirma que lhe coube dirigir-se ao país após combinar com Marcelo

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O primeiro-ministro afirmou que se dirigiu hoje ao país para apresentar o plano de desconfinamento depois de ter combinado isso com o Presidente da República, que inicia na sexta-feira visitas à Santa Sé e Espanha.

António Costa falava na apresentação do plano de desconfinamento do Governo no final da reunião do Conselho de Ministros, no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, após o Presidente da República ter renovado o estado de emergência por mais 15 dias, a partir do próximo dia 17.

"Creio que não há mistério nenhum. O Presidente da República vai realizar duas visitas, à Santa Sé e Reino de Espanha. Precisamente por isso, combinámos que ele hoje não se dirigiria ao país e apresentaria eu o conjunto deste plano de desconfinamento, sobre o qual tive naturalmente a oportunidade de trocar impressões com o Presidente da República", afirmou o primeiro-ministro.

O primeiro-ministro recusou-se depois a comentar notícias de que o Presidente da República lhe teria manifestado reservas em relação ao plano de desconfinameto, durante um jantar entre ambos, na quarta-feira.

"Como é sabido, temos sempre mantido uma regra óbvia e fundamental para o bom funcionamento entre todos. Eu nunca comentei uma conversa com o Presidente das República e o Presidente da República nunca comentou uma conversa. E a conversa que tivemos só estávamos os dois", observou.

Desta forma, António Costa concluiu que tudo o que tem lido sobre essa conversa "são puras especulações".

"Seguramente [essas notícias] não têm por fonte a mim. Seguramente, não têm por fonte o senhor Presidente da República", acrescentou.