Madeira

Chega acusa Governo da Madeira de "traição" aos portosantenses

Em causa a ligação marítima entre as duas ilhas que só é retomada a 1 de Março

Foto DR/Facebook
Foto DR/Facebook

O Partido Chega emitiu este sábado um comunicado onde repudia o que entendem ser uma "traição" do Governo Regional da Madeira aos portosantenses. ao não assegurar que o navio-ferry Lobo Marinho retome as viagens antes de 1 de Março, depois de ter estado mais de um mês em estaleiro, o que para os representantes dessa formação política na Região limita ainda mais a mobilidade e reabastecimento da ilha.

Assim, na nota da Comissão Política regional que é liderada por Fernando Gonçalves (na foto), frisam que a governação regional "veio provar, mais uma vez, que está ao serviço dos grandes grupos e dos 'amigos' do regime em detrimento da população  da Região Autónoma da Madeira". E aponta a razão, com algumas questões: "Sobre o pretexto do período de isolamento profilático da tripulação do 'Lobo Marinho' determinado pela autoridade de saúde, o navio apenas retoma a sua atividade a 1 de Março de 2021. Se a preocupação é realmente garantir o bem estar e saúde pública, questionamos a razão pela qual os testes à COVID-19 não foram realizados aquando a manutenção anual obrigatória do navio para que, quando concluída, voltasse à plenitude das suas funções? E ainda, o motivo pelo qual não foram criadas 'equipas espelho' para que fossem mantidas as condições de mobilidade e de alimentação que a população portosantense merece, com a devida segurança?"

Por isso, entendem que "a decisão do governo regional em isolar ainda mais a população do Porto Santo é uma 'traição' que vai contra os interesses da região e visa somente proteger os interesses do armador responsável pela ligação Madeira - Porto Santo".

Mas não ficam por aqui, reforçando que "o atual governo regional tem uma relação privilegiada com o armador responsável por esta ligação e mais uma vez toma uma decisão para salvaguardar os interesses económicos deste grupo já altamente beneficiado".

Concluem com uma promessa: "O Chega será sempre um defensor da população, daqueles que trabalham e reivindicam os seus direitos. Pedimos transparência na governação, não um governo de 'amigos'."