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45% das mais de 200 milhões de vacinas administradas foram em países do G7

Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha, França, Itália e Japão comprometeram-se na sexta-feira a melhorar a distribuição de doses com os países pobres

Foto EPA/CHAMILA KARUNARATHNE
Foto EPA/CHAMILA KARUNARATHNE

Mais de 200 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 foram administradas em pelo menos 107 países ou territórios, de acordo com uma contagem feita no sábado pela agência AFP com base em fontes oficiais.

Cerca de 45% das doses de vacinas foram administradas nos países ricos do G7 (onde vive 10% da população mundial), cujos membros se comprometeram na sexta-feira a partilhar melhor as doses com os países pobres.

Até às 10h00 de ontem, pelo menos 201.042.149 doses tinham sido administradas em todo o mundo, de acordo com uma contagem feita pela agência AFP a partir de fontes oficiais.

Contudo, este número é subestimado porque dois grandes países, a China e a Rússia, não comunicaram novos dados durante os últimos dez dias.

Até à data, mais de nove em cada dez doses (92%) foram administradas em países de rendimento alto ou médio-alto (como definido pelo Banco Mundial), que representam pouco mais de metade da população mundial (53%).

Dos 29 países de "baixo" rendimento, apenas a Guiné Conacri e o Ruanda iniciaram a imunização.

Israel é de longe o país mais avançado, com quase metade (49%) da sua população com pelo menos uma dose. Um em cada três israelitas (33%) recebeu mesmo a segunda dose, completando assim o processo de vacinação.

Outros países que ultrapassaram a marca dos 10% da população com pelo menos uma dose são o Reino Unido (25%), Bahrein (16%), Estados Unidos (13%), Chile (12%), Seicheles (43%) e Maldivas (12%).

Em termos do número de doses administradas nos Emirados Árabes Unidos, entre 25% e 50% da sua população recebeu pelo menos uma dose, mas o país não fornece números mais precisos sobre o número de pessoas em causa.

Em termos absolutos, os Estados Unidos lideram, com 59,6 milhões de doses administradas, à frente da China (40,5 milhões em 09 de fevereiro), do Reino Unido (17,5 milhões), da Índia (10,7 milhões) e de Israel (7,1 milhões).

Os sete membros do G7 (Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Japão e Estados Unidos) comprometeram-se na sexta-feira a melhorar a distribuição de doses com os países pobres.

Anunciaram que mais do que duplicariam o seu apoio coletivo à vacinação Covax para 7,5 mil milhões de dólares, nomeadamente através do programa Covax da ONU, liderado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.441.926 mortos no mundo, resultantes de mais de 110,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.