A “sede oficial” do PS

António Costa (AC) de gravata, sinal como ele já disse que falava na qualidade de Primeiro Ministro (PM), deu uma entrevista à RTP conduzida por António José Teixeira (AJT) onde falou de eleições e de eventuais alianças pós-eleitorais, mas quanto à governação e aos reais problemas do País nada disse. AJT também lhe fez o favor de não o incomodar com “tretas” desse tipo que podendo interessar aos portugueses pouco interessam ao PM e ainda menos a AC e ao PS cujo objetivo é continuar a campanha eleitoral iniciada na AR com o chumbo do OE2022. Foi essa a razão primordial para AC recusar demitir-se de PM com a dissolução da AR até porque ao contrário da dramatização por ele encenada após o chumbo do OE, não está em causa nada de dramático para para a governabilidade do País, como reafirmou o Ministro das Finanças pois não há qualquer drama em governar por duodécimos e as verbas do PRR estão asseguradas. Na entrevista à medida dos seus intentos AC disfarçado de PM foi apenas e só o secretário geral do PS, focando-se em assuntos de natureza exclusivamente partidária e eleitoralista, ignorando qualquer questão de natureza governativa como a reestruturação da TAP que já nos custou mais de 2.000 milhões de euros e a razão do atraso na resposta da CE que exigiu um novo plano de reestruturação, porque não foi o PM ao COP26 ele que está sempre pronto a “intoxicar-nos” com o palavrão da descarbonização, qual o plano do Governo para os milhares de diagnósticos de diversas patologias entre elas o cancro que ficaram por fazer por causa do desvio de recursos para combater a Covid, porque é que o PM quando se trata da Saúde se apressa a desviar o assunto para o combate à covid esquecendo o resto, porque é que os investimentos estruturais que constam nos OE aprovados desde 2015 nunca foram postos em prática e tudo o mais que ficou por perguntar. Uma coisa é certa nos próximos tempos a “sede oficial” do PS não será no Palácio da Praia mas em S. Bento.

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