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Venezuela activa semáforo para acesso a espaços públicos e prevenir novos contágios

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Foto Shutterstock

A Venezuela vai implementar, a 01 de novembro, o "semáforo da saúde", um mecanismo sanitário que controlará o acesso a espaços públicos, centrado em prevenir novos contágios da covid-19 e dar lugar a uma nova "normalidade segura".

Segundo a vice-Presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, a fase de prova do novo "semáforo da saúde" começou esta segunda-feira, no setor da restauração, seguindo-se hotéis, universidades e lugares públicos, para ir normalizando o comércio do país, setores que concentram grande número de pessoas.

"Foram autorizados 166 representantes de distintos setores comerciais, principalmente de restaurantes. Temos um programa-piloto que está a funcionar e que se habilitou em 133 pontos, que estará na porta (de entrada) do restaurante ou estabelecimento comercial", explicou Delcy Rodríguez à televisão estatal venezuelana.

Segundo as autoridades venezuelanas, à porta dos restaurantes um profissional usará uma aplicação de 'smartphone' para identificar os clientes, após o que a plataforma gerará um "código QR" (código de barras de resposta rápida), que informará sobre o estado de saúde de cada cidadão, em matéria da covid-19.

"Se a luz de alerta for vermelha, essa pessoa não pode entrar no sítio porque está contagiada com a covid-19 e pode transmitir a doença", explicou a vice-Presidente venezuelana.

O "semáforo da saúde", pode ainda emitir luzes de duas outras cores: "verde, quando a pessoa (cliente) completou a vacinação (duas doses) contra a covid-19 e pode entrar no estabelecimento" e "a luz amarela, quando está são, não se contagiou, mas não está vacinado".

Para a consulta de dados a aplicação de telemóvel consulta a informação dos cidadãos, através do Sistema Pátria, plataforma usada pelo Governo venezuelano para, entre outras coisas, atribuir subsídios, medicamentos e alimentos a preços subsidiados à população carenciada.

O cidadão que não estiver registado no Sistema Pátria, poderá aceder aos locais se apresentar um cartão com a vacinação completa.

A aplicação identificará também os cidadãos que não têm a vacinação completa e testaram positivo nos 21 dias anteriores.

Mesmo com a vacinação completa, os clientes dos estabelecimentos comerciais estão obrigados a cumprir com as medidas de biossegurança (uso de máscara, distanciamento social e desinfeção das mãos) para entrar nos estabelecimentos comerciais.

A implementação do "semáforo da saúde" tem lugar a partir de 01 de novembro, data em que a Venezuela iniciará um período de flexibilização ampliada da quarentena preventiva da covid-19, que deverá terminar a 31 de dezembro deste ano.

Os estabelecimentos comerciais necessitam de uma autorização das autoridades locais para usar o "semáforo da saúde".

Desde março de 2020 que a Venezuela está em confinamento preventivo e atualmente tem um sistema de sete dias de flexibilização, seguidos de sete dias de confinamento rigoroso.

O país contabilizou 4.810 mortes e 400.511 casos da doença, desde o início da pandemia, de acordo com dados oficiais.

A covid-19 provocou pelo menos 4.945.746 mortes em todo o mundo, entre mais de 243,56 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.138 pessoas e foram contabilizados 1.085.451 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.