Madeira

Há 30 anos iniciava-se o julgamento de 'Dona Branca do Caniçal'

'Canal Memória' traz-lhe a edição de 6 de Novembro de 1990.

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O Tribunal de Santa Cruz foi pequeno para, há 30 anos, receber todos aqueles que quiseram ver de perto a "famosa" Dona Branca. Tinha início o julgamento do caso 'D. Branco do Caniçal'. A mulher declarava-se culpada de empréstimos que fez à conta de uma alegada herança.

Tudo girou à volta de uma "misteriosa herança", que pertencia a uma "senhora continental" que estava a ser alvo de processo judicial. Na época, eram necessários financiadores e, por isso, familiares e amigos dos advogados Filipe e Alexandre Teixeira e de Lúcio Martins dispensaram verbas que, em alguns casos, atingiam os 100 mil contos. O montante deveria custear o processo.

A promessa era de que, quando recebesse a herança, Dona Branca procederia à devolução do dinheiro, com juros que podiam chegar aos 100%. No entanto, as dívidas eram superiores à doação.

Em julgamento, Branca de Jesus começou por alegar que o dinheiro tinha sido doado por vontade dos próprios, sem nunca ter pedido nada. No entanto, assumiu, depois, que visitou alguns prédios rústicos, que fariam parte da herança, acompanhada pelos lesados. Esta seria uma forma de dissuadi-los, mostrando que a herança existia.

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