O deputado municipal independente na Assembleia Municipal do Funchal, Orlando Fernandes, reagiu hoje à notícia que faz manchete na edição impressa do DIÁRIO: a dissolução da Frente Mar Funchal.

"Enfrentar o 'boi pelos cornos' teria evitado a delapidação de dinheiros públicos", afirma Para Orlando Fernandes, que pede ao executivo liderado por Miguel Gouveia que assuma "a responsabilidade pelas más opções tomadas".

"A Frente MarFunchal ainda irá consumir até final do processo de extinção mais de dois milhões de euros", alerta, reforçando que "o dinheiro consumido pela irresponsabilidade camarária na gestão da Frente MarFunchal teria dado para resolver o problema habitacional a cerca de 100 famílias carenciadas".

Orlando Fernandes recorda que desde 2017, no exercício das suas funções de deputado municipal, tem chamado a atenção para a "irresponsabilidade que acarreta a continuidade da actividade da Frente MarFunchal sem a tomada de atitudes de gestão enérgicas e eficazes".

Neste seguimento lembra que, a 28 de Setembro de 2020, apresentou e foi aprovada, uma recomendação para que a Câmara Municipal disponibilizasse e informasse os deputados da referida Assembleia "das iniciativas já tomadas e a tomar relativamente à extinção da Frente MarFunchal, nomeadamente o relatório de auditoria de Performance Financeira, planos dos concursos de transição dos trabalhadores e dotações financeiras a efetuar até à extinção da Empresa”. Documento que "até esta data nada foi entregue", vinca.

No seu entender, "a Frente MarFunchal é uma daquelas empresas municipais em que o Ministério Público e o Tribunal de Contas deveriam apostar numa análise e investigação profunda".

A autarquia funchalense vai levar a dissolução da empresa, criada em 2004, à Assembleia Municipal de 16 de Novembro. A Frente Mar Funchal vai fechar com uma dívida de 1,7 milhões de euros.