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Trump avança com processos judiciais em três estados

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A campanha de Donald Trump decidiu avançar com processos judiciais na Pensilvânia, Michigan e Geórgia, para tentar interromper a contagem de votos naqueles três estados.

A ideia é contestar os resultados eleitorais em Estados que podem determinar se Donald Trump consegue ficar mais quatro anos na Casa Branca ou tem de sair.

A notícia é avançada pela agência de notícias Associated Press (AP), numa altura em que a vitória do candidato republicano Joe Biden parece cada vez mais próxima.

O próximo morador da Casa Branca será o candidato que conseguir pelo menos 270 delegados, sendo que neste momento Biden conta já com 243 delegados contra 214 de Donald Trump, mas as projeções das televisões americanas apontam para que Biden já tenha recolhido 264 delegados.

Tal como Donald Trump já vinha ameaçando nas últimas semanas, a sua equipa avançou com processos judiciais.

Na Geórgia, o Partido Republicano entrou com um processo contra o Conselho Eleitoral do Condado de Chatham, e o presidente do partido estadual já anunciou que planeiam processar uma dúzia de condados.

Neste estado, o processo alega que um observador republicano viu um funcionário da votação pegar em cédulas não processadas que estavam numa "sala dos fundos" e misturá-las com cédulas processadas.

A equipa da campanha de Trump tenta levantar suspeitas também na forma como está a ser feita a contagem de votos na Pensilvânia e no Michigan. No entanto, a AP conta que esteve numa dessas contagens, no Michigan, e que estavam presentes elementos dos democratas e dos republicanos.

A equipa da campanha do ainda presidente norte-americano anunciou também que iria pedir a recontagem dos votos em Wisconsin.

"Há relatos de irregularidades em vários condados do Wisconsin", acusou o responsável pela campanha do partido republicano, Bill Stepien, citado pela AF, sem fornecer mais detalhes.

No entanto, a recontagem de votos tem um custo e a equipa de Donald Trump já começou a pedir dinheiro aos seus seguidores para que ação possa avançar.

De acordo com a agência de notícias EFE são precisos cerca de 3 milhões de dolares, uma vez que a legislação permite que o candidato peça uma nova contagem quando a percentagem que o separa do adversário é inferior a 1%, mas tem de pagar por cada boletim que volta a ser contado.

Os últimos números apontam para uma vitória de Biden, que vence o estado com 49,4% dos votos contra 48,8% dos votos dados a Trump.

Para financiar esta iniciativa, a campanha de Trump começou a pedir apoio financeiro aos seus seguidores: "Preciso da tua AJUDA para assegurar que temos os meios para proteger os resultados", refere o email enviado aos republicanos e citado pela EFE.

Entretanto, o candidato democrata Joe Biden já veio dizer que a contagem dos votos deve continuar: "Ninguém vai tirar a nossa democracia. Nem agora, nem nunca."

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