Madeira

Cafôfo critica "máquina partidária insaciável e tentacular do PSD-M"

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É mais uma nota de Paulo Cafôfo. Diz que a crise económica e social "já é por demais evidente e assume contornos assustadores e não a encaramos de frente com a melhor base". A realidade, sublinha o presidente do PS-M, "é bastante díspar daquilo que a propaganda do Governo Regional", alimentada, referiu, por uma "máquina partidária insaciável e tentacular, nos faz querer ver". 

"A verdade é que, infelizmente, a Madeira não é um bom modelo de desenvolvimento. A Madeira não tem a economia vigorosa que proclamam. A Madeira não protege as pessoas como o anunciam", acaba de expressar.

No que toca ao rendimento do trabalho e à inclusão social, a Região não é, referiu, de todo, "um bom exemplo". Os sucessivos governos regionais, observou, "resultaram em políticas erradas que nos nivelam em baixo enquanto dizem que estamos no topo". 

E prosseguiu: "O governo regional não pode proclamar o sucesso de medidas sociais quando, na Madeira, existem 81 mil pessoas em risco de pobreza. Com 27,8%, apresentamos a segunda maior taxa de risco de pobreza do país". Ou seja, mais de um quarto da população está em "risco acelerado de perder autonomia financeira", potenciado pela situação crítica, criticou.

A desigualdade na distribuição de rendimentos foi outra queixa, também, revelou, "muito superior ao valor da média nacional, com os 20% mais ricos a terem rendimentos 6 vezes superiores aos 20% mais pobres, um rácio que neste momento figuraria entre os 5 piores da União Europeia".

Os últimos indicadores de desemprego, foi outra nota que não esquece: "Atribuem-nos a mais taxa do país, com 8,6%. Fomos também a Região onde o desemprego mais cresceu comparativamente com o mesmo período do ano passado, cerca de 2%", recordando que em Julho, quase metade da população activa madeirense encontrava-se em regime de lay-off ou desempregada.

No que toca ao rendimento do trabalho, frisou que a Madeira "ainda pior nos rankings. A Madeira regista o salário médio mais baixo do país, com 796 euros", assegurando que o salário mínimo pode passar para 650,88 euros. 

Mas também "na qualificação o nosso governo falha". Com uma taxa de abandono escolar entre os jovens de 13,7% e com quase 30% dos jovens madeirenses a não concluírem o ensino secundário. 

Estes dados demonstram que não há um desenvolvimento integral, harmonioso que permita uma igualitária distribuição da riqueza. "Há sim um modelo de desenvolvimento depauperado e esgotado, dependente de actividades da construção civil e de empregos pouco qualificados. Um modelo de desenvolvimento refém de interesses particulares".

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