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Madeira

Economia regional cresceu ao mesmo ritmo em Junho

Crescimento de 1,9% igual ao de Maio, mantendo momento positivo pelo 51.º mês seguido

Foto Shutterstock
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Há 51 meses que a economia regional está em terreno positivo, com crescimento sustentado desta feita na manutenção do ritmo em Junho que já vinha de Maio, ou seja +1,9%. "O Indicador Regional de Atividade Económica (IRAE) indica que a atividade económica da Região manteve uma trajetória de crescimento, sem alteração no seu ritmo face ao período anterior", diz hoje a Direção Regional de Estatística da Madeira.

A DREM resume os indicadores, salientando, contudo, que como tem vindo a referir desde a primeira divulgação em Outubro de 2017 que o o objectivo do IRAE é "sinalizar o comportamento da atividade económica, nomeadamente no que se refere à sua direção e magnitude das flutuações: se esta se encontra em terreno positivo ou negativo, as acelerações, desacelerações e a identificação de pontos de viragem". Pelo que "o seu valor quantitativo, assume por isso uma importância secundária, não se apresentando o mesmo como um substituto da variação real do Produto Interno Bruto, a ser apurada com um conjunto mais variado e completo de informação estatística, muito embora haja uma forte correlação entre as duas variáveis".

Segue-se, por isso, a Síntese Económica de Conjuntura, numa análise da situação económica da RAM em Junho de 2025 em 7 tópicos, que permitem ter uma ideia do ritmo da nossa economia.

Actividade Económica

  • "Como referido anteriormente, a atividade económica regional manteve a trajetória positiva de crescimento, estabilizando face ao mês anterior.
  • O número de dormidas em alojamentos turísticos aumentou 5,6%, superando os 4,8% registados em maio anterior, enquanto os proveitos totais cresceram 21,3%, superando os 20,8% observados no mês precedente.
  • A emissão de energia elétrica subiu 2,1%, embora em desaceleração face aos 3,2% verificados em maio. Já a introdução no consumo de gasóleo registou um crescimento de 1,1%, invertendo a quebra de 1,4% apurada no mês anterior.
  • Por sua vez, a relação entre sociedades constituídas e dissolvidas manteve um saldo positivo, com 5,2 novas sociedades por cada dissolução, ainda que inferior ao rácio de 6,5 registado em maio.

Indicadores Qualitativos

  • Em junho de 2025, os indicadores de confiança evidenciaram uma evolução positiva em todos os setores inquiridos - Indústria Transformadora; Comércio; Construção e Obras Públicas; e Serviços - comparativamente com o mês precedente.

Consumo Privado

  • A introdução no consumo de gasolina registou um aumento de 10,9%, superior aos 8,9% do mês anterior, enquanto as aquisições de automóveis ligeiros de passageiros diminuíram 16,2%, atenuando a quebra de 26,4% observada em maio.
  • O saldo dos empréstimos ao consumo das famílias e das instituições ao serviço das famílias sem fins lucrativos cresceu 8,6%, reforçando a subida de 8,0% verificada em maio.
  • Os levantamentos e compras realizadas através de terminais de pagamento automáticos (TPA)  com cartões nacionais aceleraram o crescimento face ao mês anterior (7,3% em junho de 2025 face aos 6,4% em maio).
  • Por fim, neste âmbito de notar a redução menos expressiva (-16,2%) nas vendas de automóveis novos ligeiros de passageiros comparativamente ao mês precedente (-26,4%).

Investimento

  • Os indicadores de investimento mantiveram uma evolução distinta. As vendas de automóveis ligeiros de mercadorias caíram 13,0%, ligeiramente abaixo da quebra de 14,5% registada em maio último.
  • A avaliação bancária da habitação aumentou 18,1%, ligeiramente abaixo dos 19,3% do mês precedente.
  • A comercialização de cimento registou uma diminuição de 7,2%, redução menos acentuada do que a observada em maio (-8,6%).
  • O saldo dos empréstimos concedidos a sociedades não financeiras caiu 1,8%, após a contração de 0,9% do mês anterior.
  • Por sua vez, o número de edifícios licenciados manteve-se estável, sem variação significativa face ao mês anterior.

Procura Externa

  • Em junho de 2025, as exportações cresceram 50,8%, valor próximo dos 49,3% registados em maio anterior. Enquanto isso, as importações registaram uma diminuição de 9,1%, contrariando o crescimento de 5,2% verificado no mês precedente.
  • O movimento de mercadorias nos portos cresceu 4,8%, acima do aumento de 4,4% registado no mês precedente.
  • O tráfego de passageiros nos aeroportos subiu 15,5%, reforçando o crescimento de 12,9% do mês anterior.
  • Os levantamentos e compras através de TPA efetuados com cartões internacionais cresceram 13,1%, superando ligeiramente os 13,0% registados em maio.

Mercado de Trabalho

  • Em junho de 2025, os principais indicadores do mercado de trabalho mantiveram uma evolução favorável, destacando-se a redução da taxa de desemprego no 2.º trimestre de 2025 para 4,8%, abaixo dos 5,2% registados no trimestre homólogo e dos 6,7% observados no trimestre anterior. Nota também para o crescimento observado na população empregada de 2,5% em termos homólogos.
  • As ofertas de emprego aumentaram 3,2%, variação inferior à de maio (4,5%).
  • O número de desempregados inscritos diminuiu 16,3%, após um recuo de 13,5% no mês anterior.
  • Também os pedidos de emprego diminuíram (-15,8%), intensificando a redução de 13,4% verificada em maio.

Preços

  • A taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) situou-se em 3,0% em junho de 2025, ligeiramente abaixo dos 3,2% apurados em maio.
  • A inflação nos bens desceu para 1,9% (2,5% em maio), enquanto a inflação nos serviços subiu para 4,2%, superior aos 3,9% do mês precedente.
  • O indicador de inflação subjacente recuou para 2,7%, face aos 3,0% registados em maio.