PS defende obra feita, PSD questiona destino de milhões, JPP dispensa despesas de representação
O debate aqueceu quando se falou em dinheiro do orçamento e qual foi o seu destino. Olavo Câmara, candidato do PS, destacou que o município apresenta actualmente contas equilibradas, sem dívidas e com cerca de dois milhões de euros em saldo bancário. Sublinhou ainda os investimentos já realizados, como a construção do Ecocentro, a reabilitação de escolas e o lançamento do canil e gatil municipal, defendendo que “o concelho não está parado, ao contrário do que a oposição quer fazer crer”.
Já Dinarte Nunes, candidato do PSD, questionou o destino das verbas municipais ao longo dos últimos 12 anos, apontando para “cerca de 90 milhões de euros de orçamento” nesse período. “O que é que foi feito com os outros 86 milhões? Que obra estruturante foi concretizada no concelho?”, interrogou, acrescentando que pretende retomar um modelo de investimento que traga “atractividade, emprego e descentralização do turismo”.
O social-democrata recordou ainda a gestão de Valter Correia, também do PSD, defendendo que a dívida herdada [12 milhões de euros] foi resultado de “obras que ainda hoje geram receitas”, ao contrário do modelo actual, que acusa de falta de visão estratégica.
Já João Jesus, do JPP pediu a valorização salarial dos funcionários do município, criticou a gestão dos recursos humanos, alguns "são super-valorizados, são os nomeados que levam um bolo para casa", outros levam apenas "800 euros", que é a maioria dos 70 funcionários.
Acabou por pedir: "Se as contas estão certas, estaremos dispostos a pedir uma auditoria às contas da Câmara?", e ainda dispensou as despesas de representação, 30% em prol das consultas médicas da população local.