Câmara de Lobos vai construir 32 casas para realojar famílias da Fajã das Galinhas
A Câmara Municipal de Câmara de Lobos deliberou hoje, em reunião de câmara, a adjudicação da construção de 32 frações habitacionais destinadas a realojar as famílias residentes na Fajã das Galinhas, cujo acesso permanece encerrado desde os incêndios de agosto de 2024.
O investimento, no valor global de 8.279.219,08 euros, é viabilizado através do apoio do Instituto de Desenvolvimento Regional (IDR) e conta com o compromisso do Governo Regional, que assegura o financiamento do projeto, fora do âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), indica o executivo em comunicado de imprensa.
“Esta solução resulta do compromisso assumido desde a primeira hora com estas famílias da Fajã das Galinhas. A adjudicação destas 32 habitações garante que estamos a responder a uma necessidade real e urgente. É também um sinal claro de que criamos respostas concretas para melhorara as condições de vida de quem mais precisa”, frisa a presidente da câmara municipal, Sónia Pereira.
As novas habitações, a construir no Sítio do Castelejo, serão compostas por: 18 fogos de tipologia T2, 10 fogos de tipologia T3 e 4 fogos de tipologia T4.
A mesma nota dá conta que o município tem igualmente – já em fase de construção – 23 novas habitações no Estreito de Câmara de Lobos, no Sítio da Igreja, num investimento superior a 6,7 milhões de euros, financiado pelo PRR, no âmbito da Estratégia Local de Habitação. Este projecto integra 5 fogos T2 e 18fogos T3. A entrega está prevista para o final de 2026.
O executivo recorda que a Estratégia Local de Habitação, aprovada em 2021, identificou cerca de 374 agregados familiares em situação de vulnerabilidade habitacional urgente, incluindo as famílias da Fajã das Galinhas.
Além da construção nova, a estratégia aposta também na reutilização de património público devoluto para habitação, como acontece com a reconversão da antiga Escola EB1/PE das Romeiras. Este projecto, actualmente em fase de elaboração, prevê a criação de cinco fogos habitacionais: dois T2, um T1, um T3 e um T0, que irão “reforçar a resposta social e habitacional no concelho”.
O investimento global previsto no âmbito da Estratégia Local de Habitação ultrapassa os 18 milhões de euros, com financiamento assegurado por fundos nacionais e comunitários, nomeadamente através do PRR. Inclui, ainda, um conjunto de candidaturas já aprovadas que totalizam mais de 1,05 milhões de euros e candidaturas para beneficiários diretos em análise, num montante global de 286.504 euros.
Em curso está também o concurso para a elaboração dos projectos de arquitectura que permitirão a construção de 99 novos fogos distribuídos por seis lotes, localizados em diferentes freguesias do concelho (incluindo Espírito Santo e Calçada, Rancho, Jardim da Serra, Curral das Freiras, Fontainhas e Preces), representando um investimento de 157 mil euros.