MPT contra que se faça campanha usando património do Governo Regional para construir habitação
O MPT afirma ser contra a ideia de campanha de utilizar o património do Governo Regional para construir habitação e 'aponta o dedo' a quem defende essa medida pois "ou demonstra falta de pragmatismo e conhecimento da realidade regional ou quer enganar o povo".
Num comunicado intitulado 'Santa Ingenuidade', a candidatura à Câmara Municipal do Funchal indica que existem candidatos que alegam que pretendem utilizar prédios pertencentes ao Governo Regional para satisfazer as necessidades de habitação da população funchalense.
A lista liderada por Valter Rodrigues recorda que grande parte do património imóvel regional foi concessionado à empresa pública PATRIRAM pelo período de 50 anos, que "tem um passivo de quase 60 milhões". "É claríssimo que não pode ceder prédios gratuitamente ou a baixo custo, e é sua tarefa valorizar os prédios (como por exemplo, a antiga FAOJ)", indica.
Por outro lado, aponta que o Governo Regional dispõe da IHM para fazer obra, "não dando hipótese à Oposição de brilhar". "Em seguida, existe a corrupção. Os corruptores costumam ser bem informados, têm vastos recursos e não são tontos. Logo, se o Governo Regional tivesse algum prédio que valesse a pena, já teria sido vendido (como foi vendida a antiga sede da secretaria regional do ambiente no edifício Golden Gate)", atira.
Além disso, indica que o Governo Regional compra os prédios que precisa para instalar serviços públicos e que nunca agiu como especulador imobiliário. "Portanto, quase todos os prédios estão ocupados por serviços públicos", explica.