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Madeira

Albuquerque atira-se às “forças anti-democráticas e autoritárias”

Presidente do Governo não vê problema nos coktails promovidos pela Secretaria da Saúde em vésperas de eleições

Miguel Albuquerque marcou presença, no final da manhã desta quarta-feira, na cerimónia que assinalou o Dia da Segurança Social, na Madeira. 
Miguel Albuquerque marcou presença, no final da manhã desta quarta-feira, na cerimónia que assinalou o Dia da Segurança Social, na Madeira. , Foto ML

Foi no âmbito da cerimónia que assinalou o Dia da Segurança Social, na Madeira, que o presidente do Governo Regional ressalvou a importância de manter o Estado Social e de Previdência na Europa, apontando como grande necessidade o combate às “forças anti-democráticas e autoritárias”, que estão a colocar em causa os valores democráticos.

Esses “caminhos de radicalização e de polarização da sociedade” acabam por cilindrar as políticas estruturais que foram criadas após a II Guerra Mundial, entre o governante, não devendo ser a opção nos dias de hoje.

Neste momento, a manutenção do Estado Social passa, efectivamente, por manter as forças democráticas com consenso relativamente à importância do Estado Social e às prestações que o Estado Social faz no quadro da Segurança Social, no apoio aos mais vulneráveis, na saúde e na educação. Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira

Miguel Albuquerque recusou haver excesso de assistencialismo e ressalvou a importância da continuidade da Segurança Social como garante do Estado Social, não vendo na sua sustentabilidade um problema. Confrontado com a subsidiodependência, disse ser “uma questão de escrutínio” e “é uma questão de fiscalização, não é uma questão de base”, sustentou.

No âmbito da sua agenda política e do seu Governo, em vésperas de eleições, e confrontado com os encontros e cocktails com profissionais de saúde, promovidos pela Secretaria Regional de Saúde e Protecção Civil, Albuquerque disse desconhecer o que estaria em causa, ainda assim disse inserirem-se “na gestão corrente do Governo”, apontando não ser nada de novo e repetirem-se todos os anos. Não vendo nisso “nenhum problema”, sustentou ser “a gestão de proximidade” com os funcionários da administração pública regional.