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ONG italiana salva 87 migrantes à deriva no Mediterrâneo

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Foto Arquivo/ Tiziana FABI / AFP

A Organização Não Governamental italiana Emergency resgatou esta madrugada 87 migrantes que estavam em dificuldades numa pequena embarcação no Mediterrâneo, com destino a Nápoles, provenientes de Zawiya, no noroeste da Líbia, 20 horas antes.

"Dirigimo-nos ao ponto que nos havia sido referido e lançámos os nossos barcos à água; a embarcação dos migrantes estava cheia de pessoas e já com falta de ar no insuflável e, no total, recuperámos 87 pessoas", disse o comandante do navio Life Support, Domenico Pugliese, em declarações citadas pela agência espanhola de notícias Efe.

As autoridades italianas encaminharam o navio para o porto de Nápoles, onde chegarão na segunda-feira ao final da manhã, acrescentou o líder da equipa de resgate.

A embarcação tinha saído de Zawiya, no noroeste da Líbia, numa embarcação insuflável, e já estava sem água nem comida e à deriva no Mediterrâneo, quando foi avistada pela avioneta da associação Pilotes Volontaires, explica a Efe.

As 87 pessoas resgatadas são do Sudão, Nigéria, Níger, Sudão do Sul, Eritreia, Bangladesh, Mali, Togo, Gana, Libéria, Chade, Camarões, Senegal e Costa do Marfim, países afetados por conflitos e por graves crises económicas, políticas e sociais, acrescentou a associação.

Entre os resgatados estão oito mulheres, uma das quais está grávidas, três crianças acompanhadas e 14 menores sem acompanhantes.

"As condições de saúde são aparentemente boas; tratámos imediatamente dos casos mais vulneráveis, que são uma mulher no quarto mês de gravidez e uma criança diabética; as três crianças estão bem apesar da difícil viagem que enfrentaram e dos traumas anteriores", informou a enfermeira Sara Chessa, que estava a bordo.

As chegadas de migrantes a Itália diminuíram nos primeiros meses de 2024 e até 3 de maio contabilizaram-se 16.196, o que compara com as mais de 42 mil do mesmo período do ano passado, de acordo com dados do Ministério do Interior.