O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, recandidato à Casa Branca, apelou quinta-feira à Europa para avançar e libertar mais fundos para a Ucrânia, que continua a enfrentar a invasão russa.

"Como é que os Estados Unidos comprometeram mais de 100 mil milhões de dólares [94 mil milhões de euros, à taxa de câmbio atual] na guerra na Ucrânia, mais do que a Europa, enquanto um oceano nos separa", frisou o magnata republicano, numa publicação na sua rede social, a Truth Social.

Os Estados Unidos são o principal apoiante militar de Kiev e o Congresso está atualmente a analisar um novo pacote de 61 mil milhões de dólares [56,3 mil milhões de euros] em ajuda à Ucrânia, fortemente contestado pelos congressistas mais próximos de Donald Trump.

Sem se opor diretamente ao projeto de lei, o ex-presidente estimou nos últimos dias que os Estados Unidos devem "parar de dar dinheiro sem esperar ser reembolsado".

"Porque a Europa não dá mais dinheiro para ajudar a Ucrânia?", questionou o republicano na publicação.

E acrescentou, em letras maiúsculas: "Avança Europa! [Move Europe, em inglês]".

Donald Trump discutiu esta questão com o Presidente polaco Andrzej Duda, e com o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Cameron, que o visitaram nos últimos dias.

O bilionário republicano já tinha semeado o pânico na Europa quando ameaçou, em fevereiro, deixar de garantir a proteção dos países da NATO contra a Rússia caso estes não pagassem a sua parte.

De acordo com o instituto de investigação alemão Kiel Institute, o total da ajuda europeia à Ucrânia excede a ajuda norte-americana em montantes comprometidos.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).