O PS acha que não temos memória

O PS acha que não temos memória?! Que nos esquecemos que o seu Governo, o de António Costa, foi o pior de sempre para os professores, recusando-lhes o justo direito de virem regularizada a sua evolução na carreira, fazendo-lhes perder rendimento referente a nove anos, quatro meses e dois dias?!

Que nos esquecemos que nos últimos anos mal houve aulas no Continente, com escolas fechadas e com uma sucessão de greves dos professores como nunca houve, com várias escolas sem professores meses após o início do ano letivo, com protestos de pais e alunos?

Que nos esquecemos que durante a pandemia os alunos tiveram dificuldades em aceder a meios digitais? Dificuldades que aliás permanecem, como se pode observar no atraso do acesso aos manuais digitais e aos tablets prometidos por António Costa.

Que nos esquecemos que os testes PISA 2022 vieram comprovar o que já se sabia: que a Educação a nível nacional vem perdendo qualidade de ano para ano, com essa perda a ser já visível em áreas como a Matemática, as Ciências ou a Literatura?

Que nos esquecemos que, em contrapartida, na Madeira dignificamos os professores, sabendo reconhecer-se o direito a receberem o que lhes era devido na progressão de carreira?

Que nos esquecemos dos brilhantes resultados dos alunos madeirenses (muito melhores do que a média nacional e melhores do que a média dos países mais desenvolvidos do mundo)?

Que nos esquecemos que na Madeira nunca houve escolas fechadas nem alunos sem aulas? Que por cá os anos letivos decorreram sem problemas e em estabilidade?

Que nos esquecemos que os nossos alunos têm acesso a manuais digitais “salas do futuro”, kits tecnológicos, inteligência artificial, num constante pioneirismo nacional?

Que nos esquecemos que qualquer comparação que possamos fazer entre a Educação na Madeira e a Educação nacional é-nos sempre favorável?

Parece que sim, que o PS pensa que nos esquecemos. Senão teria a decência de não apresentar, sequer, como apresentou hoje, dia 10 de abril, medidas para resolver aquilo a que chamou de vários problemas do sector da Educação. Problemas da Educação, na Região? Não se enganaram no território?!

E falam em falta de estratégia e vontade política?! Sério?! Até parece que estão a jogar à “batalha naval”, mas onde não aceitam nenhum tiro. Vai tudo parar à água! Ao lado do porta-aviões!

Vêm impor o limite de três anos de contrato na RAM para fazerem parte dos quadros da Região? Esquecem-se que em Lisboa há essa possibilidade, mas a mesma fica dependente de um processo concursal, cujas vagas nem sempre interessam aos professores. No último concurso ficaram duas mil vagas por preencher! É essa a realidade que se quer na Madeira? Com a opção do Governo, o acesso aos quadros é sempre garantido.

E vêm falar em abolir as quotas de acesso aos quinto e sétimos escalões, quando sabem, perfeitamente, que em Lisboa tal nunca foi feito e quando na Madeira esse acesso é feito sem quotas?

Enfim, acham mesmo que não temos memória!

Ângelo Silva