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Madeira

PS chama secretário da Educação ao parlamento para abordar a formação profissional

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É com o intuito de pedir esclarecimentos sobre os problemas que afectam o sector da formação profissional que o PS requereu uma audição parlamentar ao secretário regional de Educação. O grupo parlamentar socialista voltou a denunciar, hoje, aquela que considera ser uma "falta de estratégia do Governo Regional" para este sector. Na edição impressa do DIÁRIO de quinta-feira, 14 de Março, os socialistas já tinham deixado essa indicação.

Rui Caetano, numa conferência de imprensa junto à Escola Profissional Dr. Francisco Fernandes, apontou que um dos grandes problemas das empresas, que condiciona o seu crescimento e internacionalização, tem a ver com a falta de quadros qualificados, mas lamentou que o Governo Regional continue apenas a implementar medidas avulso, sem que tenha uma estratégia regional para a área da formação profissional, que seja capaz de responder a este e a outros desafios.

“O Governo Regional, sempre que há a mudança de um Quadro Financeiro para outro, não consegue encontrar soluções para que essas empresas não tenham os problemas financeiros que têm actualmente”, disse o deputado, referindo-se às dificuldades financeiras que enfrentam algumas escolas profissionais privadas. Rui Caetano indica que há algumas com dificuldades em pagar os seus formadores, os seus fornecedores e, inclusive, os subsídios de transporte e de alimentação a que os alunos têm direito.

A somar a esta situação, Rui Caetano apontou que, segundo dados da própria Secretaria da Educação, 40% dos alunos abandonam o ensino profissional nos últimos três anos do curso. Além disso, adiantou que a Madeira é a região do país que menos cursos no ensino secundário profissional oferece aos seus alunos, “o que mostra, mais uma vez, a falta de vontade política em apostar nesta área do ensino”.

O socialista indicou também que 

 apenas 67% dos cursos de formação profissional que estão a ser desenvolvidos se encontram alinhados com a estratégia regional de especialização e alertou ainda para o facto de existirem na Região cerca de 6.600 jovens entre os 15 e os 34 anos que não estudam nem trabalham.

“Tudo isto demonstra que há muito trabalho a fazer por parte do Governo Regional”, sustentou o socialista, vincando que é preciso diálogo, cooperação e uma estratégia comum com todas as entidades que desenvolvem cursos profissionais, de forma a que “haja na Região uma verdadeira valorização deste ensino”.