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Investigação Judicial Madeira

Secretaria das Finanças garante que os seus funcionários pagaram os jantares de Natal

Foto Rui Silva/Aspress
Foto Rui Silva/Aspress

A Secretaria Regional das Finanças divulgou, esta tarde, um comunicado em que assegura ser “absolutamente falso” que aquele departamento do Governo Regional tenha assumido despesas nas festas de Natal de 2022 e 2023 dos seus funcionários. “São os funcionários que pagam o próprio jantar”, como “é facilmente comprovável e como tradicionalmente e historicamente acontece em todos os jantares desta Secretaria Regional”, lê-se na nota.

O comunicado do departamento governamental liderado por Rogério Gouveia desmente “notícias publicadas em alguns órgãos de comunicação social”, que, “sem qualquer fundamento”, davam conta que “uma das ofertas identificadas pelo Ministério Público (MP) foi o referido pagamento de despesas das festas de Natal de 2022 e 2023, esta com um DJ, no Hotel Savoy”. Ora a Secretaria garante cada um dos 248 funcionários que participaram na festa de Natal de 2023 teve de “pagar 40 euros, por um menu que incluía variedade de iguarias a constar no buffet, ‘welcome drink’ antes e após o jantar, animação”. Quanto ao jantar de Natal de 2022, “decorreu no Hotel Pestana Casino Park, pelo que ‘as facturas’ não poderiam estar ‘no Gabinete de Avelino Farinha, proprietário do hotel’, (…) contrariamente ao que esses órgãos de comunicação têm veiculado”.

A Secretaria Regional das Finanças explica ainda que realiza o seu jantar de Natal todos os anos. Para o jantar de 2023, foram contactados, entre Junho e Setembro, hotéis/restaurantes com capacidade para acolher até cerca de 300 pessoas. Foram pedidos orçamentos ao Restaurante Lagar, ao Hotel CR7 Pestana, ao Casino Park Hotel e ao Hotel Savoy Palace, tendo sido este último “o que apresentou o preço mais barato (…), para além de ainda estar disponível nas datas solicitadas”.

No mesmo comunicado critica-se os órgãos de comunicação [os nomes não são mencionados] que veicularam a referida informação, por se basearem “em documentos cuja autenticidade ainda não foi atestada e sem cumprir o mais elementar princípio do contraditório”, não sendo dada oportunidade aos visados “de se defenderem das acusações que agora se comprovam serem infundadas”. A nota termina da seguinte forma: “Este conjunto de suspeições vis e torpes sobre um momento de convívio entre todos os funcionários públicos, não só afetam o rigor e o bom nome da Secretaria Regional das Finanças, mas também de todos os seus colaboradores, pelo que nos compete repudiar e, em abono da verdade, emitir este esclarecimento a todos os madeirenses”.