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China puniu mais de 600.000 funcionários por corrupção em 2023

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FOTO GREG BAKER / AFP

A China puniu 610.000 funcionários por corrupção em 2023, anunciou hoje a Comissão Central de Disciplina e Supervisão do Partido Comunista Chinês, pretendendo ilustrar a intensidade e amplitude da campanha lançada pelo líder do país, Xi Jinping.

As autoridades de disciplina e supervisão receberam 3,452 milhões de queixas, entre as quais 1,05 milhões foram acusações ou denúncias.

Entre os punidos, 49 eram altos quadros de nível provincial ou ministerial, de acordo com um comunicado publicado pela agência anticorrupção do Partido Comunista.

As autoridades disciplinares e de supervisão também reforçaram o seu trabalho de inspeção sobre a "implementação de políticas que apoiam o interesse público" e puniram "atos de desvio de fundos, apropriação indevida, falsificação e extorsão", lê-se na mesma nota.

Foram também investigados 107.547 casos de "infração disciplinar". Mais de 108.695 funcionários foram punidos por "incumprimento de responsabilidades", "falta de vontade" ou "excesso de formalidades".

Após ascender ao poder, em 2012, o Presidente chinês, Xi Jinping, lançou uma campanha anticorrupção, considerada a mais persistente e ampla na história da República Popular.

A campanha levou à punição de milhões de funcionários e revelou grandes casos de corrupção, mas alguns críticos sugeriram que também está a ser usada para destruir as carreiras de rivais políticos de Xi.