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Madeira

Economia regional acelerou em Outubro pelo quarto mês consecutivo

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A economia regional continuou a sua tendência crescente, em Outubro de 2023, segundo os dados hoje divulgados pela Direcção Regional de Estatística. Este é o quarto mês consecutivo em aceleração. O sector do Turismo foi aquele que mais contribuiu para este feito.

De acordo com a DREM, "o IRAE é sujeito a revisão de dados sempre que a informação final das Contas Regionais fica disponível. Neste sentido, nesta divulgação, o IRAE foi recalculado, o que teve como consequência uma revisão dos valores anteriormente divulgados e uma maior amplitude das variações do passado mais recente".

Tal como já indicado, o Turismo foi um dos responsáveis pela manutenção desta aceleração, tendo em conta que as dormidas (excluindo o alojamento local abaixo de 10 camas) aumentaram 3,5% neste mês, acima dos 1,8% registados em Setembro anterior. Os proveitos totais no alojamento turístico registaram um incremento de 18,0% em Outubro. (15,4% em Setembro).

Quanto à emissão de energia eléctrica, que normalmente é associada à evolução da actividade económica, cresceu 5,4%, em Outubro de 2023, acima dos 3,5% verificado no mês anterior. Também no que respeito às sociedades constituídas e dissolvidas, em Outubro de 2023, foram criadas 1,8 novas sociedades por cada sociedade dissolvida na Região, uma proporção superior à do mês anterior (1,2).

A DREM salienta também ao indicador referente ao consumo privado, recorrendo aos dados das operações da rede SIBS, com cartões emitidos por bancos nacionais. "Observando o agregado dos montantes dos levantamentos nas caixas multibanco e das compras através de terminais de pagamento automáticos, com cartões nacionais, verificou-se um crescimento de 7,8%, em Outubro de 2023, invertendo a aceleração que se verificou em Setembro anterior", explica.

Os empréstimos para consumo concedidos às famílias e às instituições sem fins lucrativos ao serviço das famílias decresceram 16,3%, em Outubro de 2023, a mesma variação verificada no mês anterior. Por sua vez, as aquisições de automóveis novos ligeiros de passageiros por residentes aceleraram (variação de +26,9%, o que compara com +14,9% no mês anterior).

No domínio do investimento, os indicadores dividem-se em dois grupos em termos de evolução: "os que apresentam sinal positivo, tais como as vendas de automóveis ligeiros de mercadorias (+3,8%; +16,7% em setembro anterior), a avaliação bancária de habitação (+22,6%; +23,0% no mês precedente), o licenciamento de edifícios (+20,6%; +12,1% no mês anterior) e a comercialização de cimento (+10,1%; +4,0% em setembro último); e os que estão em queda, como os empréstimos concedidos às famílias para habitação (-1,1%, -0,9% em setembro último) e o saldo dos empréstimos concedidos a sociedades não financeiras (-6,0%; -5,8% em setembro de 2023)".

Um outro dado diz respeito às exportações e importações. Nesse campo, tanto uma como outra diminuíram. "Porém, é de notar que esta variação negativa nas importações está condicionada pela transação de bens de significativo valor, em 2022, e que não se repetiu no mesmo período de 2023. O movimento de mercadorias nos portos (-1,9%; +3,9% no mês anterior), que é um indicador mais abrangente em relação à dinâmica do comércio exterior, também diminuiu. Em outros indicadores, em outubro de 2023, observa-se que a aceleração no movimento de passageiros nos aeroportos (+8,5%; +8,4% em setembro último) está em sintonia com a evolução do total de levantamentos em caixas multibanco e compras por meio de terminais de pagamento automáticos, com cartões internacionais (+20,7%; +18,9% no mês precedente)", indica.

Quanto ao mercado de trabalho, houve reduções nas ofertas de emprego (-33,3%), nos pedidos de emprego (-18,3%) e também nos desempregados inscritos ao longo do mês (-18,4%).

Por fim, em Outubro de 2023, a taxa de inflação homóloga, que se fixou em +3,6%, desacelerou face ao mês anterior (+3,9%), sendo agora menor nos Bens (+3,3%) e maior nos Serviços (+4,0%). A inflação subjacente (que exclui os produtos alimentares não transformados e energéticos) foi de +3,8%.