Delito de opinião

Fui castigado por um delito de opinião. Fui castigado por manifestar a minha discordância à candidatura de Paulo Cafôfo a presidente do PS-M numa “carta do leitor” intitulada “Araquiri político” e expliquei porquê. Denuncio, não por despeito mas para que os cidadãos e os outros militantes saibam o que se passa dentro do próprio partidos. Não tolero injustiças. Considero a política uma coisa demasiado séria para estar nas mãos de aventureiros da política uma vez que esta interfere com o bem estar de todos nós e por isso não pode estar dependente de pessoas caprichosas e sem escrúpulos. Por manifestar a minha opinião espontânea e livre (pelo menos pensei que fosse) fui excluído da lista dos 320 delegados ao XXI congresso do PS-M que se realizou a 13 Janeiro 23. Isto num partido democrático é abominável. Não deixa de ser caricato que Cafôfo apresente uma moção de estratégia global intitulada “ pelas pessoas a nossa causa” e, por vinganças mesquinhas exclua um militante que contribui para o Partido há mais de 20 anos, apenas por dizer o que pensa. Quando aderi à causa estava convicto que o PS-M um dia iria governar a Região para bem da Madeira e dos madeirenses mas com atitudes de pessoas vingativas esse dia nunca irá chegar pelo menos enquanto tiver um “capataz” na secretaria, o Sr. Sérgio Abreu, que elabora listas para os órgãos do partido, retirando militantes que ousam pensar pela própria cabeça e colocando os amigos caladinhos para não incomodar. O PS-M tem muita responsabilidade como segundo partido da região e não pode estar sujeito a pessoas incompetentes. Sendo Cafôfo o responsável máximo do Partido é também o responsável por isto acontecer já que dá rédea solta (ou instruções?) a pessoas incapazes e sem escrúpulos. O Sr Paulo Cafôfo e o Sr. Sérgio Abreu deveriam lembrar-se de uma coisa básica se não tivessem ocupados a pensar em vinganças: os militantes que são discriminados e injustiçados virão para a praça pública dizer aquilo que deveriam dizer dentro do partido, coisa que eu não queria. Para mim seria mais simples demitir-me de militante, pois estou extremamente desiludido com o rumo que o meu partido está a tomar mas, por agora, não o faço porque os presidentes passam e o partido fica e eu alimento a esperança que o PS-M venha a ter uma liderança que não descrimine os militantes que ousam manifestar a sua opinião. Resta-me usar os meios ao meu alcance para denunciar injustiças dentro do PS-M.

Juvenal Rodrigues