O governo da Moldávia denunciou ontem dois acordos assinados com a pós-soviética Comunidade de Estados Independentes (CEI) e pode denunciar outros 10 "que não correspondem à situação atual".

O primeiro dos dois acordos refere-se ao intercâmbio de informação sobre a defesa das fronteiras dos membros da CEI, enquanto o segundo regula o comércio de mercadorias entre os membros, segundo a agência noticiosa Moldpres.

A ministra do Interior moldava, Ana Revenco, afirmou que o seu Ministério conta 39 acordos assinados com a CEI, dos quais 10 "são estéreis e não funcionam", pelo que já iniciou o processo de denúncia.

Antes, o presidente do Parlamento moldavo e líder do governamental Partido de Ação e Solidariedade, Igor Grosu, anunciara que iria começar os trâmites para a saída da Assembleia Interparlamentar da CEI, o que suscitou críticas da oposição pró-russa.

O presidente moldavo, o pró-russo Igor Dodon, qualificou esta decisão como "um passo irracional para satisfazer os patrocinadores ocidentais" e considerou que a Moldávia não sobreviverá sem uma cooperação estreita com a CEI, a União Económica Euro-asiática e a Federação Russa.