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Rússia oferece-se para satisfazer necessidades energéticas da China

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O Presidente russo, Vladimir Putin, garantiu hoje ao seu homólogo chinês, Xi Jinping, de visita a Moscovo, que a Rússia está em condições de satisfazer as crescentes necessidades energéticas da China.

"As empresas russas são capazes de satisfazer a crescente procura de energia da China", disse Putin a Xi durante as conversações entre as duas delegações oficiais no Kremlin, segundo a agência francesa AFP.

Putin disse que o objetivo é fornecer à China pelo menos 98 mil milhões de metros cúbicos de gás e 100 milhões de toneladas de gás natural liquefeito (GNL) até 2030.

A Rússia é alvo de sanções por parte dos aliados ocidentais por ter invadido a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, que têm penalizado a economia do país, incluindo as exportações de gás e petróleo.

Desde a invasão, cerca de 120 empresas ocidentais de uma vasta gama de setores cessaram temporariamente as atividades na Rússia ou saíram definitivamente do país, afetando a economia russa, que procura alternativas.

Putin ofereceu apoio às empresas chinesas que desejam preencher os nichos deixados pelas empresas ocidentais.

"Estamos prontos a apoiar as empresas chinesas para substituir a produção das empresas ocidentais que deixaram a Rússia", disse Putin, citado pela agência espanhola EFE.

Xi disse que quer "reforçar a cooperação e a coordenação" entre a China e a Rússia, dois membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas com poder de veto.

"Estou pronto a elaborar convosco um plano para reforçar as relações bilaterais", disse também o líder chinês, de acordo com a tradução oficial russa das suas observações.

Após as conversações, Putin e Xi assinaram duas declarações conjuntas, uma das quais sobre o aprofundamento da parceria global e da cooperação estratégica entre os dois países, noticiou a agência oficial russa TASS.

A outra visa desenvolver áreas-chave da cooperação económica entre a Rússia e a China até 2030.

No total, como resultado da visita de Xi, está prevista a assinatura de mais de dez documentos sobre o desenvolvimento da cooperação entre Moscovo e Pequim em vários domínios, segundo a TASS.