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Sobe para sete o número de mortos em avalanche nos Dolomitas

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Estão já confirmados sete mortos, mais um do que ontem, como consequência da avalanche que ocorreu este domingo no glaciar Marmolada, nos Dolomitas (Alpes Italianos).

A actualização foi feita esta tarde pelas autoridades locais em conjunto com as equipas de resgate, numa conferência de imprensa em que participou, também, o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi.

Os números, ainda provisórios, adiantados pelo Corpo Nazionale Soccorso Alpino e Speleologico - CNSAS dão conta, também, da existência de oito feridos, dois dos quais em estado grave, que foram transportados para os hospitais das proximidades. Continuam desaparecidas 13 pessoas (10 italianos, três checos), menos uma do que ontem, já que um cidadão austríaco que estava também em parte incerta foi localizado nas últimas horas.

As autoridades procuram confirmar a propriedade de outras quatro viaturas das 16 que se encontram estacionados juntos aos trilhos que dão acesso ao glaciar. Todas essas viaturas têm matrículas estrangeiras (uma alemã, duas checas e uma húngara).

As buscas na área afectada, ao longo da manhã desta segunda-feira, foram realizadas com o uso de drones e de helicópteros, acabando suspensas devido a uma tempestade. As autoridades revelaram intenção de continuar as buscas nos próximos dias, com recurso aos mesmos meios, pois há risco de novos deslizamentos. 

O acesso à área afectada continua vedado, com os peritos a ir para o terreno de modo a avaliar a situação e a instabilidade da zona. O presidente do Corpo Nazionale Soccorso Alpino e Speleologico referiu que "Ontem vimos fissuras muito largas e muito profundas que hoje já não existem: estavam completamente cobertas por gelo e rochas. Se alguém foi arrastado para lá, é muito difícil recuperá-lo em pouco tempo'', lamentou.

Na ocasião, o primeiro-ministro italiano voltou a apontar como uma das causas da avalanche as alterações climáticas e as agressões ao ambiente que têm sido levadas a cabo pelo homem. "O Governo deve agora reflectir sobre o que aconteceu e é chamado a tomar as medidas necessárias, porque o que aconteceu pode ser evitado no futuro”, disse Mario Draghi.