Madeira

IFCN alerta para surto de Doença Hemorrágica Viral nos coelhos do Porto Santo

Esta doença não se transmite ao ser humano

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No último mês de Fevereiro, foi detectada "alguma mortalidade" nas colónias de coelhos do Porto Santo devido a um surto de Doença Hemorrágica Viral-variante tipo II (RHDV2), informa o Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN).

Como medida preventiva, o IFCN irá proceder à recolha activa dos animais mortos, enterrando-os e desinfectando esses locais com cal viva.

Não obstante a entidade alerta que esta enfermidade é "comum nestes animais, mas que não se transmite ao ser humano".

"A doença altamente contagiosa, tem elevadas taxas de mortalidade e a sua transmissão ocorre mediante contato directo com os coelhos infectados e também por transmissão indirecta, onde os insectos, aves e mamíferos podem actuar como vetores importantes. Os surtos desta doença ocorrem geralmente com maior frequência durante o Outono e Inverno, sendo o sinal clínico mais evidente a morte súbita", explica o IFCN em comunicado.

Nesta primeira fase, "sendo a densidade de coelhos mortos encontrados reduzida", a recolha dos animais mortos será realizada "principalmente por funcionários do IFCN, equipados com vestuário de proteção específico para estas situações, em que os mesmos procedem à desinfecção de todo o material auxiliar utilizado, evitando assim a propagação deste vírus", acrescenta a mesma nota.

Não obstante, o IFCN solicita a todos os amantes da caça da ilha do Porto Santo que, ao encontrar algum cadáver de coelho bravo, contacte os serviços florestais presentes naquela ilha, de modo a estes possam proceder à sua recolha e ao seu enterramento, em segurança.

"Desta forma pretende-se precaver a disseminação do vírus para outros locais na ilha, bem como para as pequenas explorações domésticas existentes", apelo o IFCN.

Recorde-se que recentemente o Governo Regional procedeu à construção de um centro de reprodução de coelho bravo, na ilha do Porto Santo, com o objectivo de repovoar as áreas com menor densidade de animais, bem como, para auxiliar a recuperação das colónias de coelho bravo, no caso do surgimento de doenças.