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Japão apresenta protesto após detenção de diplomata em Pequim

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Foto Reuters

O Governo japonês disse hoje ter apresentado um protesto a Pequim e exigiu um pedido de desculpas à China, depois de um diplomata do Japão ter sido detido e questionado pelas autoridades na capital chinesa.

O diplomata da Embaixada do Japão foi detido em serviço, durante várias horas, na segunda-feira, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros japonês.

Adiantou que o diplomata estava a realizar um trabalho "legítimo" e a detenção violou a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, que estipula a imunidade dos diplomatas, face à jurisdição civil e criminal do país anfitrião.

O diplomata, cujo nome não foi divulgado, foi libertado na segunda-feira, afirmou um funcionário do ministério, sob condição de anonimato, citado pela agência norte-americana Associated Press.

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros japonês, Takeshi Mori, convocou na terça-feira Yang Yu, encarregado de negócios e embaixador interino da China em Tóquio, e exigiu que a China peça desculpas e evite situações idênticas no futuro.

Em Pequim, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Hua Chunying, disse aos jornalistas que a "China fez uma reclamação severa ao Japão, instando o país a respeitar a lei da China, restringir a sua equipa consular na China e impedir que tais incidentes aconteçam novamente".

Hua disse que o diplomata japonês se envolveu em atividades "inconsistentes com a sua posição na China" e que os departamentos chineses relevantes conduziram investigações "de acordo com a lei e os regulamentos".

Nenhum outro detalhe foi fornecido.

Na semana passada, o Governo do Japão disse que um cidadão japonês, na casa dos 50 anos, estava detido em Xangai, desde dezembro, por violações não especificadas da lei, mas não deu mais detalhes.

Houve vários outros casos de prisões no passado envolvendo cidadãos japoneses que tinham negócios ou ligações com a China, mas casos envolvendo diplomatas ou funcionários do governo são extremamente raros.

Em 2002, um adido de defesa japonês foi detido pelas autoridades chinesas por várias horas.