Madeira

Acessos à Internet em banda larga na Madeira aumentaram 62% em 8 anos

Dados relativos aos acessos em local fixo fazem parte de uma informação hoje divulgada pela Direcção Regional de Estatística da Madeira

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Entre 2011 e 2019, os acessos à internet em banda larga em local fixo na Região passaram de 58.836 para 95.254, ou seja, um aumento de 62% em apenas oito anos. Este é um dos dados que foi divulgado hoje pela Direcção Regional de Estatística da Madeira (DREM), no âmbito da publicação da série retrospetiva para o sector das Comunicações na Região Autónoma da Madeira (RAM), para o período 2000-2019. Esta série, publicada pela primeira vez e que será actualizada anualmente, foi construída a partir de informação recolhida diretamente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e pela Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), com a qual a DREM tem mantido contactos no sentido de no futuro se garantirem mais dados desta área de crescente importância, desagregados regionalmente.

De acordo com os dados disponibilizados é possível verificar que em termos absolutos, em 2019, o número de acessos à internet em banda larga (em local fixo) no segmento residencial era de 80,6 mil e no não residencial de 14,6 mil, o que perfazia um total de 95,3 mil (+3,9% que em 2018). O Funchal era o concelho com mais acessos (45.412), seguindo-se Santa Cruz (15.927) e Câmara de Lobos (9.413). O concelho do Porto Moniz foi o que registou menos acessos: apenas 859 em 2019.

Os dados da DREM ainda relativamente aos acessos à Internet em banda larga em local fixo, revelam que em 2019, a penetração atingiu 37,5% da população da RAM, o que compara com 38,6% no País. O Porto Santo (46,8%), o Funchal (43,6%) e a Calheta (38,7%) eram os municípios com as taxas de penetração mais elevadas, em contraponto com Câmara de Lobos (27,9%), Santana (29,2%) e Ribeira Brava (31,9%), que tinham as taxas mais baixas.

No que concerne o número de clientes residenciais de redes e serviços de alta velocidade em local fixo, e de acordo com os dados da ANACOM, a DREM revela que este quase quintuplicou na Região entre 2011 e 2019, fixando-se no 4.º trimestre neste ano nos 71,2 mil. Comparativamente ao trimestre homólogo, o crescimento foi de 10,2%. “A taxa de penetração dos clientes residenciais face aos agregados domésticos privados da RAM ascendeu aos 75,9% no 4.º trimestre de 2019, +7,6 pontos percentuais (p.p.) do que período homólogo. Segundo informação publicada pela ANACOM, a taxa regional superou a média nacional (67,3%) em 8,6 p.p..”

Segundo os dados hoje revelado, esta tendência de crescimento também se tem verificado nos alojamentos cablados de alta velocidade na Região, quer nas redes de fibra óptica FTTH (Fiber to the Home), a principal tecnologia de acesso em local fixo, assim como nas redes de TV cabo HFC (Hybrid Fiber-Coaxial). No final do 4.º trimestre de 2019, o número de alojamentos da RAM cablados com fibra óptica (FTTH/B) por todos os operadores rondava os 129,9 mil, evidenciando um crescimento de 14,8% face ao período homólogo. De notar que no 4.º trimestre de 2010, aquele número era apenas de 15,5 mil. “Se se considerar os alojamentos preparados para receber estes serviços, mas suportados em redes de TV por cabo, a Região no 4.º trimestre de 2019 tinha cerca de 73,3 mil alojamentos, mais 1 460 (+2,0%) face ao período homólogo. No 4.º trimestre de 2010, aquele número era de 66,8 mil.”

Cada vez mais assinantes de serviços de televisão

De acordo com a DREM, io número de assinantes de serviços de televisão através de subscrição a Região  tem aumentado de forma constante ao longo do tempo. Em 2004 – primeiro ano para o qual está disponível este indicador – este número era de 65,5 mil, sendo que em 2019, contabilizaram-se 102,9 mil assinantes, mais 2,2% face a 2018. O município com mais assinantes é o Funchal (45.755), seguindo-se Santa Cruz (17.203) e Câmara de Lobos (10.665)

Já no que se refere ao número de acessos telefónicos na Região por 100 habitantes cresceu sucessivamente entre 2011 e 2018, ano no qual atingiu um máximo de 47,84 acessos. “Em 2019, houve uma redução para 45,31 acessos, menos 2,53 acessos por 100 habitantes face ao ano anterior. Nesse ano, o número de acessos telefónicos principais residenciais atingiu os 88,3 mil, enquanto o número de acessos não residenciais caiu para os 30,7 mil acessos. No total, o número de acessos ronda os 119,0 mil”, salienta a DREM.

Em termos dos postos telefónicos públicos, a DREM refere que com a generalização do uso dos telemóveis, o número de postos públicos tem vindo a diminuir nos últimos anos, passando de 349 em 2013 para 222 em 2018. “Contudo, em 2019, o aumento nos municípios do Funchal (mais 4 telefónicos públicos) e de Santa Cruz (+6 ) face ao ano anterior, permitiu que o total de postos telefónicos na Região crescesse para os 229.”

Número de postos de correios criados superou as estações de encerradas

Nos últimos anos, o número de postos de correios criadosna Região superou o total de estações de correios que foram encerradas.

A DREM refere que o número de estações de correios na Região manteve-se estável entre 2000 e 2012, ano em que existiam 28 estações de correios na Região. A partir de 2013 iniciou-se uma trajectória descendente que conduziu o número de estações de correios para 19 em 2019, ou seja, entre 2012 e 2019, o número de estações caiu 32,1%.

Quanto aos postos de correios, entre 2000 e 2015, as oscilações foram mínimas, com o seu número a se manter relativamente estável. Em 2015, o número de postos de correio era de 24. A partir de 2016, houve um crescimento sucessivo até, em 2019, o número de postos de correio se fixar nos 36.