Coronavírus Madeira

Albuquerque reforça intenção de manter teste PCR

Evolução da situação epidemiológica em Lisboa será determinante

O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, reforçou hoje a possibilidade de ser adiada a alteração que estava prevista entrar em vigor a 1 de Julho, de substituir os testes PCR pelos testes rápidos de antigénio aos passageiros desembarcados na Região.

Apreensivo com o aumento de casos na Área Metropolitana de Lisboa, Albuquerque admite como forte possibilidade revogar a medida e manter o teste PCR. Não coloca de parte que esta medida possa vir a ser exigida apenas a passageiros de viagem com origem em locais de risco, como é o caso de Lisboa.

Fora do horizonte está a possibilidade de deixar de ser obrigatório o uso de máscara como já acontece nalguns países e capitais da Europa. "Não queremos correr riscos", justificou.

“Vamos analisar. A única expectativa que temos é a situação dos testes à entrada da Região. Conforme anunciado, a perspectiva incial é passarem a ser testes de antigénio (TRAg) e não PCR, mas vamos ver a evolução [da pandemia], sobretudo no território continental, em particular na zona Metropolitana de Lisboa, se a situação se mantiver nós vamos prorrogar os testes PCR. Porquê? Por que não queremos correr riscos na Região”, disse, referindo-se à eventual alteração/reajuste das medidas anunciadas há uma semana.

Sobre o uso obrigatório de máscara que começa a ser levantado nalguns países europeus, Albuquerque não deixa margem para dúvidas: “Vai-se manter [na Região). Eu não quero correr riscos nenhuns, porque agora temos uma variante altamente contagiosa”, referindo-se à disseminação da variante Delta do coronavírus SARS-CoV-2, mais transmissível, estando esta estirpe associada ao aumento de casos de infecção na Área Metropolitana de Lisboa.

Albuquerque quer manter a lógica de “aliviar as medidas de forma gradual e de forma responsável. Não podemos entrar agora num surto de irresponsabilidade onde tudo volta para o princípio de depois temos um desgosto”. Razão para reafirmar que as medidas são tomadas “com grande responsabilidade e grande sentido do interesse comum”, disse, à margem da inauguração do Centro Comunitário Regional, que irá apoiar cerca de 400 utentes, de todas as idades, no sentido de reforçar a sua capacidade de integração e participação social.