Madeira

Calado defende maior rigor e mais controlo na distribuição de apoios sociais

Para evitar que muitos optem por viver dos apoios sociais em vez de aceitar propostas de trabalho

None

Evitar a duplicação na atribuição de apoios sociais às famílias carenciadas continua a ser uma grande preocupação do Governo Regional. Isso mesmo voltou esta tarde a ser sublinhado pelo vice-presidente do Governo, Pedro Calado, durante a visita que realizou ao Banco Alimentar, para melhor perceber o trabalho em rede que está a ser feito neste âmbito.

Aos jornalistas Pedro Calado fez saber que “a função enquanto Governo Regional, neste caso, é termos a certeza que os recursos que são angariados são bem divididos e são bem distribuídos pela população. Essa é uma grande preocupação: ajudar efectivamente toda a população que necessita, sobretudo nos períodos mais difíceis, como foi o ano passado em termos de pandemia”, apontou.

Acompanhado da presidente do conselho directivo do Instituto da Segurança Social, Micaela Freitas, Calado procurou inteirar-se da metodologia que está a ser utilizada e de que forma o Governo está a ajudar, antes de concluir que “há um trabalho que se tem de fazer de futuro” que é exigir “maior rigor e maior controlo” às entidades e organismos que actuam nesta vertente da área social para que efectivamente todas as famílias que necessitam beneficiem da devida ajuda. Entende por isso que importa “fazer uma ligação com todas as entidades e organismos que ajudam a população necessitada e evitar desperdícios e evitar a duplicação”, até porque, “a economia para funcionar tem de ter recursos humanos”, e nesta fase que “começa a ‘mexer’, como agora estamos a assistir, há que ter recursos humanos disponíveis para entrar no mercado de trabalho”, lembrou. Estava dado o mote para voltar a denunciar a incongruência manifestada por muitos empresários que é a falta de mão-de-obra quando existem mais de 19 mil pessoas no desemprego.

“Aquilo que nós queremos ter a certeza é que esses apoios são muito bem canalizados para as famílias. O que não deve acontecer é numa altura de recomeço da actividade económica estarmos a ver empresas que necessitam de arranjar mão de obra no mercado de trabalho – nós temos no Centro de Desemprego 19 mil pessoas inscritas – e temos constantemente empresários que têm muita dificuldade em recrutar recursos humanos para trabalhar. Isso significa que se não houver uma lógica de boa distribuição e de racionalização desses meios, nós estamos a contribuir para duas coisas. Primeiro, que a economia não cresça, segundo, alimentar um sistema que nós não queremos que é um sistema de dependência dos apoios sociais”, concretizou