Madeira

Paulo Cafôfo diz que “Porto Santo não pode andar à deriva”

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O Partido Socialista considera que, dada a condição de dupla insularidade do Porto Santo, a ilha deve merecer uma discriminação positiva e tem de haver uma estratégia turística para potenciar o desenvolvimento local.  Paulo Cafôfo, presidente do partido, que esta tarde, juntamente com o deputado Miguel Brito, também candidato à presidência da Câmara Municipal local, visitou a empresa ‘Porto Santo Sub – Dive Center’, onde criticou as políticas erradas do Governo Regional e alertou que o Porto Santo não pode andar à deriva.

“Muitas vezes nós falamos em coesão e continuidade territorial em relação ao Continente, mas a verdade é que o Porto Santo, sendo uma ilha dentro da nossa Região, merece uma atenção especial e uma discriminação positiva”, sustentou o dirigente, que, no âmbito do roteiro 'Fazer Diferente – Responsáveis, Próximos, Preparados”', visitou diversas instituições, associações e empresas locais, com vista a vincar o potencial daquela ilha, o qual, na sua ótica, “tem sido desperdiçado”.

“Eleição após eleição, falamos sempre dos problemas do Porto Santo, mas parece que não avançamos, parece que estamos estagnados, sempre com os mesmos problemas há tantos anos”, deu conta o presidente do PS-M, acrescentando que o Governo Regional é sempre o mesmo e não tem feito a diferença na ilha.

Paulo Cafôfo vincou que o turismo é fundamental para potenciar uma estratégia para o Porto Santo, constatando que essa estratégia não tem existido. “Ao longo dos anos, não se sabe o que fazer com o Porto Santo. Apesar do investimento e de muitos milhões derramados, sem qualquer planeamento e sem qualquer estratégia alocada, o Porto Santo tem andado à deriva”, disse, acusando o Executivo madeirense de ter culpa desta situação.

O dirigente socialista entende que o turismo é essencial para o futuro da ilha, de modo a gerar oportunidades, fixar os jovens, criar emprego e gerar riqueza. Nesse sentido, defendeu uma aposta na qualificação do produto e uma promoção diferente daquela que é feita na Madeira, sendo que a câmara municipal deve ser mais interventiva nesse sentido. Para além disso, lembrou que o PS já propôs a criação de um fundo para captar novas rotas aéreas, no qual o Porto Santo deveria ser privilegiado.

De acordo com Paulo Cafôfo, é muito importante a associação entre a câmara municipal, os empresários e o Governo Regional, “numa estratégia integradora que não tem existido até à data”.

Por seu turno, o deputado Miguel Brito afirmou que a estratégia de turismo que o Governo tem adotado para a ilha do Porto Santo “não é a mais adequada, porque o nosso destino continua a não ter uma identidade própria e, por vezes, os turistas quando chegam à ilha sentem-se muito desintegrados”.

Para o também candidato socialista às eleições autárquicas, é fundamental que a edilidade tenha um papel mais interventivo na estratégia para o turismo. “As nossas portas de entrada continuam sem o acolhimento que os turistas que chegam ao Porto Santo merecem”, lamentou.

Miguel Brito preconiza uma ação de promoção específica para o Porto Santo, frisando que tem de haver uma sinergia entre todas as entidades, nomeadamente associações, empresários, o Governo Regional, a Associação de Promoção da Madeira e a Câmara Municipal.