Os enfermeiros do SESARAM vão ter uma avaliação de quatro pontos nos biénios 2019-2020 e 2021-2022, no SIADAP (Sistema Integrado de Avaliação da Administração Pública), conforme a proposta do conselho de administração (CA) desta instituição.

A proposta foi apresentada, ontem, aos sindicatos e agora estes vão rever a proposta do CA do SESARAM, sendo posteriormente enviada para a Assembleia Legislativa Regional da Madeira.

Na base do documento do CA do SESARAM apresentado aos sindicatos, está uma proposta do SINDEPOR, que defendia três pontos por cada ano, em 2020 e 2021, devido ao risco e penosidade acrescidos motivados pela pandemia de covid-19.

"Tendo em conta que esta proposta é inviável a nível legal, evoluiu-se então para os quatro pontos por biénio, englobando quatro anos (2020-2022) e não apenas 2020 e 2021. Estarão plasmadas também neste DLR todas as situações pendentes, com resolução já acordada, abordadas noutras reuniões", refere.

Na reunião de ontem foram abordados outros temas, nomeadamente a situação dos 65 enfermeiros especialistas com progressões anteriores a 2009 por via concursal.

O SINDEPOR não entende que enfermeiros com maior antiguidade e maior diferenciação aufiram menos do que outros com menor antiguidade e menor diferenciação e, nesse sentido, vai continuar a lutar pela correção desta "injustiça".

"Existe também um grupo de enfermeiros que se viu obrigado a emigrar à procura de melhores condições de vida no período da troika. Estes enfermeiros não viram o tempo que estiveram ao serviço do SESARAM contabilizado para efeitos de SIADAP", refere.

O SINDEPOR defende que estes profissionais foram obrigados a emigrar à procura de condições condignas e, por isso, o tempo que estiveram ao serviço do SESARAM deve ser contabilizado.

Na reunião participaram Rafaela Fernandes, Pedro Gouveia e Filipa Freitas, por parte do CA do SESARAM. Já o SINDEPOR esteve representado pelo seu líder regional, Evaristo Faria. Além do sindicato, estiveram na reunião representantes da ASPE e do SERAM.