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José Manuel Rodrigues destaca valorização e divulgação dos cordofones tradicionais madeirenses

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Honra, orgulho e gratidão foram as palavras escolhidas pelo Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira para demonstrar o apreço pelo trabalho de todos aqueles que têm contribuído para a valorização e divulgação dos cordofones tradicionais madeirenses.

 Na sessão de encerramento da IV edição do aCORDE, evento com a chancela da Secretaria Regional de Educação, Ciência e Tecnologia, que o parlamento regional acolhe desde a primeira edição, José Manuel Rodrigues reafirmou a importância da identidade cultural na defesa de uma autonomia mais profunda e sólida, vincando que “foram os elementos da nossa cultura que levaram a que tivéssemos oportunidade de aspirar a sermos donos do nosso próprio destino”.

“Um dos fundamentos para termos a nossa Autonomia é a descontinuidade territorial, mas outro fundamento é a nossa cultura forjada ao longo de 600 anos. No mundo globalizado em que estamos, cada vez mais será importante a singularidade dos povos”, frisou.

O secretário regional de Educação, Ciência e Tecnologia teceu, igualmente, rasgados elogios a todos aqueles que têm abraçado a paixão pelos nossos cordofones, permitindo a sua afirmação e longevidade, fruto de um caminho de entrega e persistência.

“Passou-se do popular para a sistematização, do voluntarismo para o conhecimento, do lúdico para o curricular”, afirmou, aludindo a todos “os que tocam, os que ensinam, os que constroem” e sublinhando que os homenageados neste último dia do aCORDE “são o símbolo do conhecimento e da transmissão desse conhecimento".

No final, Jorge Carvalho deixou um apelo: “vamos manter este património e afirmá-lo como nosso, para que possa perdurar”.

Após a conferência foi entregue o Prémio Cândido Drummond de Vasconcelos, que distingue instrumentistas de cordofones tradicionais madeirenses e o Prémio Carlos Santos, atribuído a individualidades ou instituições que tenham contribuído de forma decisiva para o engrandecimento dos cordofones. 

O Prémio Carlos Santos foi entregue aos professores Virgílio Caldeira, Manuel Spínola e Eleutério Corte, pelos seus trabalhos pedagógicos e artísticos de divulgação dos cordofones madeirenses.