Turismo Madeira

ACIF aponta quebras entre 61% a 100% na hotelaria e alojamento local

44% das empresas de alojamento local e hotelaria só conseguem manter a sua actividade por mais 2 meses

None

A ACIF traçou um ponto de situação do sector de hotelaria e alojamento local na Região, após uma auscultação aos parceiros. Nesse 'estudo' percebeu-se que  73% das empresas destes sectores apresentaram níveis de quebra bastante elevados, designadamente de 61% a 100% em 2020 e que, mais de metade, cerca de 56%, perspetivam o mesmo nível de quebra para 2021.

Além disso, numa comparação das duas tipologias, percebeu-se que 30,4% das empresas do sector de alojamento local registaram quebras de 81% a 100% no que respeita à facturação. Na hotelaria, foram 28,6% das empresas a registarem quebras nessa ordem.

Numa perspectiva futura, em relação a este ano, o sector de alojamento local prevê quebras superiores, quando comparado com o setor da hotelaria. "De acordo com as respostas obtidas, cerca de 31,5% das empresas do sector de alojamento local esperam quebras na ordem dos 81% a 100%, enquanto que no sector da hotelaria, apenas 17,9% das empresas esperam o mesmo nível de quebra", refere nota da ACIF.

No que diz respeito à actividade das empresas,  69% das empresas do sector de alojamento local e da hotelaria estão sem actividade ou com actividade residual, o que significa que se encontram "numa situação financeira bastante complicada, com um nível de atividade bastante deficitário e insuficiente para garantir a continuidade da empresa, enquanto que apenas 31% das empresas de ambos os sectores apresentam quebras entre 25% a 75%".

Por fim, no que respeita à autonomia, 44% das empresas de ambos os sectores, alojamento local e hotelaria, só conseguem manter a sua actividade por mais 2 meses, pois não têm condições para, a partir desta data, cumprirem com as suas responsabilidades.

"Mais uma vez comparando as duas realidades, alojamento local e hotelaria, constatamos que a hotelaria encontra-se numa situação mais delicada, facilmente explicada pela estrutura de custos mais elevada, pois mais de metade das empresas, cerca de 57,2%, diz que não tem condições para continuar a suportar esta situação por mais tempo, enquanto que no alojamento local a percentagem de empresas que está nas mesmas condições é de 40,2%", refere a mesma nota.