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Brasil chega a 11,5 milhões de casos e aproxima-se de 280 mil mortes

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O Brasil ultrapassou hoje os 11,5 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus (11.519.609) e totaliza 279.286 mortes desde o início da pandemia, informou o Ministério da Saúde brasileiro.

De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela tutela, o Brasil contabilizou 1.057 óbitos e 36.239 diagnósticos de covid-19 nas últimas 24 horas, elevando a taxa de incidência da doença em território brasileiro para 133 mortes e 5.482 casos por 100 mil habitantes.

Os números contabilizados hoje ficaram bem abaixo da média da semana anterior, quando foram alcançados novos recordes de vítimas mortais e infeções.

Contudo, segundo explicações do próprio Ministério da Saúde, essa diminuição é fruto de uma carência de recursos humanos ao fim de semana para testar e recolher os dados, sendo que estes acabam por ser consolidados às terças-feiras.

Das 27 unidades federativas do Brasil, as que concentram maior número de infeções são São Paulo (2.208.242), Minas Gerais (974.594), Paraná (763.786) e Rio Grande do Sul (744.844).

São Paulo (64.223), Rio de Janeiro (34.330), Minas Gerais (20.687) e Rio Grande do Sul (15.105) são, por sua vez, os Estados que registam mais vítimas mortais devido à doença causada pelo novo coronavírus.

O Brasil, que enfrenta um forte agravamento da pandemia, é o segundo país com mais mortes em todo o mundo, depois dos Estados Unidos, e passou também a ser a segunda nação com mais casos de positivos do SARS-CoV-2, após ter ultrapassado a Índia.

Desde a chegada da covid-19 a território brasileiro, em fevereiro do ano passado, foi registada a recuperação de 10.111.954 casos, sendo o terceiro país do mundo com maior número de recuperados, depois dos Estados Unidos e da Índia.

No total, 1.128.369 pacientes infetados permanecem sob acompanhamento médico no Brasil, país com cerca de 212 milhões de habitantes.

No momento em que o país sul-americano atravessa o seu momento mais critico na pandemia, o atual ministro da Saúde admitiu que o Presidente, Jair Bolsonaro, pretende substituí-lo.

"O Presidente, sim, está pensando em substituição, está avaliando nomes e, claro, estou à disposição de ajudar todos que vierem aqui. É continuidade, não há rompimento. Os senhores não estão acostumados com isso, estão acostumados com o político largar a caneta e ir embora. Nós não somos assim. Nós faremos a transição de forma correta e de continuidade quando nos for determinado", afirmou o ministro, general Eduado Pazuello, em conferência de imprensa.

O governante admitiu, porém, que não pedirá demissão.

"Isto é sério! É o país, é a pandemia, é salvar vidas. Não pedi para ir embora, nem vou pedir. Estamos a trabalhar. Qualquer substituição, cabe ao Presidente. É com muito orgulho que estou à frente desta pasta, cumprindo esta missão", frisou Pazuello.

General do Exército, Pazuello tomou, em setembro último, posse como ministro da Saúde, após quatro meses a liderar interinamente a tutela durante a pandemia da covid-19 no país. Pazuello tornou-se assim o terceiro ministro da Saúde de Bolsonaro, após os médicos Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich saírem do cargo devido a divergências com o chefe de Estado no combate à covid-19.

Hoje, a cardiologista Ludhmila Hajjar confirmou que foi convidada por Jair Bolsonaro para assumir o Ministério da Saúde no momento mais crítico da pandemia, mas rejeitou o cargo por falta de "convergência técnica".

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.654.089 mortos no mundo, resultantes de mais de 119,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.