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Açores querem integrar Comité Científico Agroalimentar

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O secretário regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural dos Açores, André Ventura, defendeu hoje a integração da região no Comité Científico Agroalimentar, em carta dirigida à ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes.

O titular da pasta da Agricultura questiona, numa missiva enviada à ministra, "a sua existência e, consequentemente, sobre as suas reuniões", recordando a resolução aprovada que previa a sua criação, da qual foi também signatário, enquanto deputado do PSD à Assembleia da República eleito pelos Açores.

Na carta endereçada à ministra da Agricultura, o governante frisa "o papel que a informação produzida por um comité científico agroalimentar poderá ter no desempenho das exportações nacionais, promovendo produtos de qualidade comprovada".

O documento, aprovado pela Assembleia da República, em 22 de fevereiro de 2018, previa a criação de um "Comité Científico no âmbito dos agroalimentos, constituído por entidades como a Ordem dos Nutricionistas, a Ordem dos Médicos, as academias científicas e institutos vocacionados para a investigação e a pesquisa científica".

A comissão científica visa "estabelecer um consenso a nível académico" de forma a "recuperar a confiança dos consumidores" e a "desfazer mitos" relacionados com a agroalimentação, bem como "concentrar a informação dispersa, apoiar agricultores e produtores a desenvolverem produtos endógenos e reforçar a investigação, experimentação, apoio, acompanhamento e aconselhamento agrícola, criando condições para os agricultores mais pequenos acederem à inovação".

Segundo o documento, "atualmente, apesar do maior conhecimento científico sobre o efeito que a alimentação tem na saúde humana, existe muita desinformação sobre o papel de certos alimentos, resultante do interesse económico de grandes empresas multinacionais".

A resolução acrescentava que perante o vasto leque de regimes alimentares, "a política pública deve promover hábitos e opções alimentares saudáveis, intervindo ao nível da educação da população mais jovem, ao nível da transparência da informação, ao nível fiscal e ao nível da investigação e ciência em alimentação e nutrição".