Coronavírus Madeira

DGS contraria versão da Secretaria Regional de Saúde sobre notificação dos casos Covid-19

Autoridade de Saúde Nacional avisou a Madeira em Janeiro e garante que não houve anomalias com o SINAVE

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No dia 5 de Março, sexta-feira da semana passada, a Secretaria Regional da Saúde veio explicar a diferença no número de casos positivos de Covid-19, entre os reportados pela Direcção Regional de Saúde e os da DGS, com anomalias nas plataformas electrónicas – SINAVE – onde o reporte dos casos deve acontecer. “Os dados reportados pela DGS têm como fonte de informação plataformas electrónicas nacionais, SINAVE, que têm apresentado anomalias que resultam em atrasos nas notificações e cruzamento de informação.”

Ora, a pedido de DIÁRIO, a DGS é peremptória: “Não foram registadas quaisquer anomalias no SINAVE.”

Através da Divisão de Comunicação e Relações Públicas, a DGS acrescenta que, “no que diz respeito à Região Autónoma da Madeira, a DGS detectou no final de Janeiro uma discrepância nas notificações laboratoriais, tendo, de imediato, contactado a SESARAM para apurar as causas”.

Acrescenta, ainda, que, então “foram identificados constrangimentos informáticos na comunicação dos resultados de forma automática por parte de um laboratório, o que gerou atrasos nas notificações, que foram progressivamente introduzidas no sistema, que as assumiu, naturalmente, como novos casos”.

“Entretanto, a SESARAM procedeu à regularização dos casos, o que levou a um aumento dos casos no boletim diário. Neste momento, o problema já se encontra resolvido.

Apesar das discrepâncias nos números que possam ocorrer, é realizada toda a ação necessária para garantir o isolamento e seguimento clínico adequado dos casos, e o rastreio dos contactos.”

Como o DIÁRIO noticia na edição impressa de hoje, o responsável pela Unidade de Emergência em Saúde pública da RAM, Maurício Melim, à RTP-M, nesta semana, admitia que o problema havia acontecido no SESARAM. “Num determinado momento, não foram notificados, pelo nosso laboratório, os casos”.

Maurício Melim disse estarem em causa casos de Novembro, Dezembro, Janeiro e Fevereiro.