Madeira

Túnel hidráulico do Pedregal é “das obras mais importantes” do mandato

Investimento de 20,3 milhões de euros vai resolver grande parte dos problemas crónicos de abastecimento de água no Verão

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A obra de construção do novo túnel do Pedregal – túnel hidráulico entre a Ameixieira, na Serra de Água, e o Pedregal, em Campanário, com 5.400 metros de extensão é “das obras mais importantes deste mandato e dos últimos anos”, sublinhou esta manhã o presidente do Governo Regional, durante a visita à empreitada de 20,3 milhões de euros, ao abrigo de um contrato-programa com o Governo Regional e do PRODERAM 2020.

Construído em duas frentes e previsto estar concluído “no primeiro trimestre de 2022”, Miguel Albuquerque destacou a importância do investimento para esbater “a dificuldade crónica de abastecimento de água durante o Verão” e “garantir o abastecimento à zona sul da Madeira” – Ribeira Brava (Campanário) e Câmara de Lobos – onde irá abastecer “cerca de 9 mil agricultores e uma área de mais de 500 hectares”. Mas não só. Também “vai permitir o abastecimento de cerca de 40 mil m3 de reforço de abastecimento de água para consumo, se for necessário”, acrescentou.

Depois de concluído permitirá desactivar o troço crítico do canal – Levada do Norte -, que se encontra fortemente degradado e com grandes perdas de água.

O vultuoso investimento visa aumentar o fornecimento de água para regadio agrícola, bem como minimizar perdas de água e a falta de água para rega no período de Verão.

Com esta obra será também criada uma importante reserva de água (40.000 m3), que contribuirá para uma melhor adaptação da Região às alterações climáticas em termos de recursos hídricos.

Embora reconheça que “há sempre problemas” nas disponibilidades de água, consequência também das alterações climáticas, a certeza é que com este investimento as coisas “ficarão muito melhores”, até porque o investimento em causa visa garantir “capacidade de resposta e antecipar esses problemas”, disse.

Acompanhado da secretária regional do Ambiente e Alterações Climáticas, Susana Prada, Albuquerque reconheceu que “as secas prolongadas nos períodos de Verão, nos próximos anos, vão-se agravar” daí a importância da Região dotar-se de “capacidade técnica e de infra-estruturas para minorar os problemas”. Elogiou de resto esta “capacidade de encontrar soluções”. O mesmo reclama da agricultura, que pede que cada vez mais seja eficiente, nomeadamente o recorrendo à “rega gota-a-gota e não por alagamento”, comparou.

Em suma, o objectivo que deve ser comum passa por “garantir melhor produtividade com menos matéria, menos energia”.

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