Turismo País

Sem turismo não há futuro e sector deve ser farol para outras actividades

Foto: José Carmo / Global Imagens
Foto: José Carmo / Global Imagens

A secretária de Estado do Turismo considerou hoje que "sem turismo não há futuro" e que este setor deve ser "motor e farol da economia" para outros setores de atividade.

Rita Marques falava no encerramento do 32.º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, promovido pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), em Albufeira, e que teve como tema "O turismo tem futuro".

"O turismo tinha, tem e terá futuro. Diria mais, que sem turismo não há futuro. A razão pelo que estou convencida que sem turismo não há futuro tem a ver com o seguinte: o senhor presidente da Confederação do Turismo de Portugal dizia ontem [quinta-feira] que as vozes do turismo precisam ser ouvidas e é bem verdade. Mas, queria aqui sublinhar que as vozes do turismo são as vozes dos privados e públicos porque estas vozes são conhecimento", afirmou Rita Marques.

A governante sublinhou o facto de "muito poucos setores de atividade" terem, como o turismo, "um plano estratégico desenhado a duas mãos, de públicos e privados".

"Ao longo dos tempos tem havido uma política continuada, sustentada, sempre a apontar o futuro (...) e, portanto, penso que esta parceria público-privada pode ser mais do que, enfim, um motor da economia, pode ser o motor e farol para outros setores de atividades", reforçou.

"Continuaremos a trabalhar nesta lógica que alavanca muita esperança, numa parceria frutuosa, uma parceria público-privada no sentido de garantir que muito em breve Portugal continuará o seu caminho de crescimento, sempre inclusivo e com um propósito", acrescentou Rita Marques.

Apesar de querer, como a maioria dos presentes no congresso da hotelaria e turismo, olhar para o futuro, a governante recordou "o quão difícil foram estes 20 meses" de pandemia também para o turismo, um dos mais afetados pelos impactos da covid-19, recordando alguns números, nomeadamente o facto de o nível de dormidas ter recuado a 1994 ou o nível de receitas ter recuado a 2011.

"Os próprios dados financeiros das nossas empresas mostram bem o impacto desta pandemia. Estamos a falar de resultados líquidos negativos na ordem dos 1,4 mil milhões de euros quando em comparação com 2019 tínhamos uma situação fortemente positiva de cerca de 900 milhões de euros", lembrou.