Madeirense condenado por violação em Jersey
João Pedro Vieira deu-se como culpado em tribunal depois de ter assumido inocência. Autoridades locais admitiram ter sido crucial a recuperação de impressões digitais, numa fase inicial da investigação, para acusar formalmente o madeirense de 26 anos
O caso remonta a 30 de Agosto de 2020, dia em que um madeirense de 26 anos, João Pedro Vieira, abusou sexualmente de uma mulher em Saint Saviour, Jersey.
Detido na única prisão da ilha (La Moye), o jovem natural da freguesia de Santo António foi agora condenado a cinco anos e três meses de prisão, por violação, pelo Superior Number of the Royal Court - que proferiu no início deste mês a sentença, depois de João Pedro Vieira assumir a culpa em Junho deste ano.
A vítima do abuso foi primeiro ao Centro de Referência de Agressão Sexual - agência que possui médicos e especialistas forenses a prestar auxílio neste género de casos - e apresentou depois queixa formal à polícia. As autoridades admitiram ter sido crucial a recuperação de impressões digitais, numa fase inicial da investigação, para acusar formalmente João Pedro Vieira.
Estamos empenhados em investigar e processar todos os agressores sexuais e queremos assegurar às vítimas que há várias agências que podem oferecer apoio e orientação em todas as fases do processo. Directora do Departamento de Investigação Criminal (CID) em Jersey, Christina Maclennan
O madeirense, que agora irá cumprir pena na ilha do Canal, ainda chegou a declarar-se inocente em tribunal, numa primeira audiência que ocorreu em Maio de 2021, por vídeo-conferência, mas acabou por admitir o crime no mês seguinte.
Além dos abusos sexuais, João Pedro Vieira era acusado de ter arrombado a porta de um apartamento em St. Helier, em Janeiro deste ano, numa altura em que aguardava o julgamento em liberdade. Reportam os meios locais que o madeirense acabou por danificar muitos dos materiais que se encontravam no interior do apartamento, tais como diversos equipamentos electrónicos e várias peças de vestuário.
Antes disso, o jovem envolveu-se em desacatos com outros residentes, tendo chegado a conduzir sem habilitação legal e sem seguro. Crimes que também admitiu ter cometido e que fez subir a pena para um total de seis anos atrás das grades do estabelecimento prisional de La Moye.