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Portugal em rede europeia para certificação da produção agrícola

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Lisa Soares / Global Imagens

A Universidade de Évora (UÉ) é a representante de Portugal numa rede europeia que vai desenvolver um certificado que garante o compromisso dos olivicultores com a conservação da biodiversidade, revelou hoje a instituição.

O projeto, denominado Olivares Vivos+, é financiado pelo Programa LIFE na área de Natureza e Biodiversidade e integra, além de Portugal, Espanha, Itália e Grécia, disse a academia alentejana, em comunicado enviado à agência Lusa.

Esta rede de países europeus vai testar e implementar um novo certificado que garanta a integração da biodiversidade na gestão dos agroecossistemas, nomeadamente do olival.

O objetivo passa por "desenvolver um certificado que garante o compromisso dos olivicultores com a conservação da biodiversidade", explicou o investigador da UÉ José M. Herrera, que lidera o projeto em Portugal.

No âmbito do trabalho, vai ser "testado o impacte das práticas agrícolas na biodiversidade", assinalou o coordenador do Grupo de Investigação em Biodiversidade e Alterações Climáticas do Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento (MED) da UÉ.

E os investigadores vão testar também "a eficiência de diferentes atuações" destinadas à conservação da biodiversidade, como, "o incremento da disponibilidade de refúgios artificiais para a fauna vertebrada e invertebrada".

O coordenador nacional realçou ainda a importância de "valorizar o papel da biodiversidade na sustentabilidade dos sistemas agrícolas" e de fornecer "aos agricultores um certificado que garanta o seu compromisso com a biodiversidade e os serviços derivados da sua conservação".

O projeto visa também, face às alterações climáticas, "contribuir para uma maior resiliência e resistência do olival, uma cultura chave para a economia da Europa mediterrânea em geral e de Portugal em particular", destacou José Herrera.