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As consequências do segundo confinamento em Portugal, aprovado esta quarta-feira em Conselho de Ministros, vão marcar a atualidade, numa altura em que os hospitais começam a dar sinais de rotura por todo o país.

O novo confinamento geral devido à pandemia da covid-19 aplica-se a todo o território nacional continental e entra em vigor a partir das 00:00 de sexta-feira, destacando-se o dever de permanecer em casa, a exceção do ensino presencial e a obrigatoriedade de teletrabalho.

No âmbito da modificação do estado de emergência em vigor, a partir de quinta-feira, e da prorrogação por mais quinze dias, até 30 de janeiro, o Governo determinou um conjunto de medidas extraordinárias para "limitar a propagação da pandemia e proteger a saúde pública".

Entre as medidas estão restrições à circulação da população, obrigatoriedade do teletrabalho e encerramento do comércio, com exceção dos estabelecimentos de bens e serviços essenciais.

As regras gerais passam por ficar em casa, limitar os contactos ao agregado familiar, reduzir as deslocações ao essencial, usar máscara de proteção, manter o distanciamento físico, lavar as mãos e cumprir etiqueta respiratória.

As novas medidas tomadas pelo Conselho de Ministros para controlar a pandemia de covid-19, entre as quais o dever de recolhimento domiciliário, entram em vigor às 00:00 de sexta-feira.

As exceções que já existiram em março e abril vão manter-se, mas o primeiro-ministro, António Costa, deixou um apelo: "por uma vez, não percamos muito tempo a olhar para as exceções e concentremo-nos no que é mesmo essencial, o recolhimento domiciliário para que cada um se proteja e, protegendo-se, proteja também a saúde dos outros".

Este confinamento terá regras muito semelhantes às que vigoraram em março e abril, com a exceção que se prende com o calendário democrático das eleições presidenciais do próximo dia 24 de janeiro. Para António Costa havia a necessidade de não se sacrificar a atual geração de estudantes e por isso foi decidido manter em pleno funcionamento todos os estabelecimentos educativos.

O primeiro-ministro assumiu que o confinamento geral vai ter "um custo enorme" para a economia, lembrando que as verbas europeias ainda vão demorar a chegar, mas defendeu que há agora um melhor sistema de apoios.

"É prematuro fazer estimativas sobre o impacto económico, mas será seguramente bastante relevante", declarou António Costa na conferência de imprensa.

Portugal ultrapassou quarta-feira os 500 mil casos de infeção com o novo coronavírus registados desde o início da pandemia, em março de 2020, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Portugal registou 156 mortos relacionados com a covid-19 e 10.556 novos casos de infeção com o novo coronavírus, os valores diários mais elevados desde o início da pandemia, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Desde o início da pandemia, Portugal já registou 8.236 mortes associadas à covid-19 e 507.108 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2, estando hoje ativos 116.328 casos, mais 5.940 do que na terça-feira.

Hoje, também é notícia:

CULTURA

O 'site' www.lisboaromana.pt, resultado de três anos de trabalho que reunirá a mais atualizada informação sobre este período histórico, é apresentado hoje à tarde, de forma virtual.

A apresentação 'online', hoje às 17:30, conta com a presença da vereadora da Cultura de Lisboa, Catarina Vaz Pinto, e dos investigadores Carlos Fabião, Mário Cachão, Miguel Lago, Cristina Oliveira, Amílcar Guerra e Jorge Raposo.

O município romano Felicitas Iulia Olisipo, geograficamente era maior que os atuais limites da Área Metropolitana de Lisboa, abrangendo municípios como os de Mafra e Torres Vedras, mas não incluía, por exemplo, o de Setúbal, que à época também foi capital de um município.

DESPORTO

A seleção portuguesa de andebol estreia-se no Mundial de 2021, frente à Islândia, a partir das 19:30 (horas em Lisboa), em Gizé, no Egito, onde o campeonato está a ser disputado sem a presença de público, devido à pandemia de covid-19.

Dezoito anos após a última participação, no evento disputado em Portugal, a seleção nacional cumpre no Egito o quarto Mundial, com a ambição de confirmar e reforçar o sexto lugar conquistado no Europeu de 2020, integrando o Grupo F da fase preliminar, com jogos com a Islândia (hoje), Marrocos (sábado) e Argélia (segunda-feira).

O selecionador Paulo Pereira assumiu a ambição e apontou ao 'top 8' do Mundial, o que exige começar bem com a Islândia, depois do 12.º lugar alcançado em 2003, em Portugal, do 16.º em 2001, em França, e do 19.º em 1997, no Japão.

Pela terceira vez no espaço de uma semana, Portugal e Islândia vão medir forças, após o triunfo da seleção lusa por 26-24, em Matosinhos, e da vitória nórdica, por 32-23, em Reiquiavique, em jogos referentes à qualificação para o Europeu de 2022.

As duas últimas vagas nos quartos de final da Taça de Portugal de futebol vão ser conhecidas, após os embates entre os primodivisionários Belenenses SAD e Gil Vicente frente a Fafe, do Campeonato de Portugal, e Académico de Viseu, da II Liga, respetivamente.

Os lisboetas, 14.ºs classificados da I Liga, visitam os minhotos do Fafe, a partir das 14:00, num desafio cujo vencedor vai jogar no terreno do Benfica, no final de janeiro, na antecâmara das meias-finais da prova 'rainha'.

No outro encontro do dia, marcado para as 20:30, o Gil Vicente, 12.º da I Liga, recebe o Académico de Viseu, 13.º do segundo escalão, para definir o anfitrião do Santa Clara, nos quartos de final.

ECONOMIA

O julgamento do pedido de impugnação da auditora KPMG à coima de 1 milhão de euros aplicada em outubro último pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) tem início hoje no Tribunal da Concorrência, em Santarém.

Na sua decisão, a CMVM condenou a sociedade de revisores oficiais de contas por 66 infrações praticadas no âmbito da auditoria às contas do Banco Espírito Santo relativas aos exercícios de 2012 e 2013, que resultaram numa coima única de um milhão de euros.

A condenação visou, entre outras infrações, práticas como falta de documentação adequada dos procedimentos de auditoria realizados no BES Angola, em particular quanto à prova obtida sobre o crédito a clientes numa unidade que relevava para as contas consolidadas do BES.

A auditora recorreu da decisão para o Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão (TCRS), negando ter cometido as falhas que lhe são apontadas e acusando o regulador de, nomeadamente, "falhas graves na aplicação da lei e na interpretação das normas de auditoria" e de não ter realizado "as diligências de prova que seriam exigíveis para validar muitos dos casos que invoca".

INTERNACIONAL

Uma equipa de dez investigadores e especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS) chega hoje à China para investigar a origem do novo coronavírus, o SARS-CoV-2, detetado pela primeira vez em Wuhan, em fins de 2019.

Além da OMS, a missão integra especialistas da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e da Organização Mundial de Saúde Animal, estando envolvidos cientistas dos Estados Unidos, Japão, Rússia, Reino Unido, Holanda, Dinamarca, Austrália, Vietname, Alemanha e Qatar.

Em fevereiro e julho de 2020, duas equipas de especialistas visitaram a China com o mesmo objetivo da atual missão, mas poucos pormenores foram divulgados sobre a origem de um vírus que já provocou quase dois milhões de mortes entre os mais de 91,5 milhões de contaminações em todo o mundo.

A visita da missão à China, em particular a Wuhan, foi confirmada segunda-feira pelas autoridades de Pequim, depois de, na semana passada, ter sido anulada à última hora por falta das autorizações necessárias.

Os 18 membros do novo Comité Consultivo do Fórum do Diálogo Político Líbio reúnem-se hoje em Genebra, sob a égide das Nações Unidas, liderado pela enviada em exercício da ONU, Stephanie Williams, para discutir questões pendentes relacionadas com a escolha de um executivo unificado.

A data das eleições nacionais para 24 de dezembro de 2021 continua a ser uma condição 'sine qua non' para a Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (UNSMIL).

A reunião surge na sequência do acordo assinado em outubro de 2020 entre as duas partes no conflito líbio, desencadeado em 2015, quatro anos após a queda do regime de Muammar Kadhafi.

A Rússia apoia as forças do marechal Khalifa Haftar, enquanto a Turquia defende o Governo de Acordo Nacional (GAN), reconhecido pela ONU e sediado em Tripoli.

Sob a mediação da ONU, os líderes militares das fações beligerantes do conflito na Líbia encontraram-se em novembro, pela primeira vez, para discutir frente-a-frente a aplicação e a monitorização de um cessar-fogo assinado em outubro.

O acordo prevê a retirada de todas as forças armadas das linhas de conflito e a saída de todos os mercenários e combatentes estrangeiros no prazo de três meses.

LUSOFONIA, ÁFRICA E COMUNIDADES

Quase 18 milhões de eleitores no Uganda, um dos países mais jovens do mundo, escolhem hoje um Presidente para os próximos cinco anos, num escrutínio que culmina uma campanha presidencial marcada pela repressão policial e violência sem precedentes.

O atual chefe de Estado, Yoweri Museveni, 76 anos e há mais de 35 no poder, candidato pelo Movimento de Resistência Nacional (NRM, na sigla em inglês), partido histórico no poder, enfrenta 10 candidatos, entre os quais se destaca Robert Kyagulanyi Ssentamu, ex-cantor "afrobeat" com 38 anos, conhecido pelo seu nome artístico, Bobi Wine, muito popular no país e candidato à presidência ugandesa pela Plataforma de Unidade Nacional.

Desde 08 de novembro, início da campanha eleitoral, vários candidatos da oposição, entre eles Bobi Wine, foram detidos por diversas vezes e impedidos de fazer campanha, a pretexto de restrições impostas às concentrações populares no âmbito do combate à pandemia do novo coronavírus.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e os Estados Unidos da América já apelaram às autoridades do Uganda para respeitar os direitos humanos nas eleições presidenciais de quinta-feira.

SOCIEDADE

A Organização Mundial de Saúde reúne hoje o seu Comité de Emergência para analisar a pandemia da covid-19 pela sexta vez, com a agenda centrada na nova variante do SARS-CoV-2 detetada em setembro no Reino Unido.

O Comité reúne-se normalmente de três em três meses mas desta vez, o diretor geral da OMS antecipou em duas semanas a reunião, dada a relevância do tema da nova variante, e também para discutir os processos de vacinação e de certificados de testagem para pessoas que pretendem fazer viagens internacionais.

Foi por recomendação deste Comité, que se reuniu pela primeira vez para se debruçar sobre o novo coronavírus em janeiro de 2020, que a agência das Nações Unidas declarou a 30 de janeiro desse ano uma Emergência de Saúde Pública de importância internacional.

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