País

Ministra da Justiça vai hoje ao parlamento explicar-se

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A ministra da Justiça estará hoje no parlamento para dar explicações aos deputados sobre as incorreções no currículo do procurador europeu José Guerra enviadas ao Conselho Europeu, que já provocou a demissão do diretor-geral da Política de justiça.

O parlamento aprovou requerimentos do PSD, PS, CDS-PP e BE para ouvir Francisca Van Dunem "com caráter de urgência" na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.

A ministra manifestou, por diversas vezes, a sua disponibilidade para prestar esclarecimentos aos deputados, dizendo mesmo estar "ansiosa por ir ao parlamento dar essas explicações para ver se isto acaba".

Francisca Van Dunem tem estado no centro da polémica nos últimos dias, depois da revelação de lapsos que valorizavam o currículo de José Guerra, com vários partidos a questionarem a sua permanência no cargo.

A polémica estalou quando, na semana passada, foi noticiado que, numa nota enviada para a União Europeia em novembro de 2019, o Governo apresentou dados falsos sobre o magistrado preferido para procurador europeu, depois de um comité europeu de peritos ter considerado Ana Carla Almeida a melhor candidata para o cargo.

Hoje, também é notícia:

CULTURA

O Teatro Nacional São João, no Porto, recebe hoje e sexta-feira o espetáculo "Qui a tué mon père", uma história biográfica de um pai contada pelo filho, escrita por Édouard Louis com interpretação e encenação de Stanislas Nordey.

O texto da peça foi encomendado ao romancista Édouard Louis, que faz do teatro o lugar onde a "literatura da confrontação" melhor se exprime, explica na sua página o Teatro Nacional São João (TNSJ), onde já não há bilhetes para o espetáculo de hoje.

Stanislas Nordey, diretor do Teatro Nacional de Estrasburgo, é um dos criadores contemporâneos mais importantes da cena francesa, um encenador que acredita na urgência cidadã do teatro.

Nascido em 1992, em Hallencourt, Édouard Louis é visto pela crítica como um dos principais talentos emergentes da literatura francesa, tendo conquistado o Prémio Goncourt para Primeiro Romance com o autobiográfico "Acabar com Eddy Bellegueule", editado em Portugal pela Fumo Editora, com tradução de António Guerreiro.

A obra "As Três Irmãs", de Tchékhov, estreia-se hoje no Teatro Carlos Alberto, no Porto, com um espetáculo que explora a dramaturgia sonora, aproximando-se do teatro radiofónico.

A ação da peça decorre num estúdio de gravações onde um conjunto de atores gravam "As Três Irmãs", a obra escrita em 1900 e que propõe uma viagem a uma pequena cidade russa onde três irmãs --- Olga, Macha e Irina --- sonham em regressar aos seus tempos de juventude, com uma viagem a Moscovo.

A peça conta com um elenco composto por Emília Silvestre, Isabel Queirós, Bárbara Pais, Daniel Silva, Margarida Carvalho, Paulo Freixinho, João Cravo Cardoso, José Eduardo Silva, Jorge Mota, João Castro, Clara Nogueira e António Afonso Parra.

Partindo da tradução de António Pescada, o espetáculo fica em cena até 16 de janeiro, tendo Francisco Leal na sonoplastia e desenho de som, Ricardo Pinto na música e Rui Monteiro no desenho de luz.

DESPORTO

O Sporting procura reforçar a liderança da I Liga de futebol e aumentar a pressão sobre os principais rivais num duelo na Madeira com o Nacional, no encontro que inicia a 13.ª jornada da competição, marcado para as 18:00.

Em caso de vitória, a equipa de Rúben Amorim, sem 'baixas' de peso, pode sair do Funchal com sete pontos de avanço sobre FC Porto e Benfica, que partilham o segundo lugar e que só entram em campo na sexta-feira.

Os 'dragões' visitam o Famalicão, enquanto os 'encarnados' recebem o Tondela.

Às 21:00, o Sporting de Braga, que perdeu com o Sporting na ronda anterior (2-0), recebe o Marítimo, num encontro em que a equipa de Carlos Carvalhal, quarta classificada, vai tentar colocar-se provisoriamente a apenas um ponto de FC Porto e Benfica.

ECONOMIA

Os acionistas da Mota-Engil reúnem-se em assembleia-geral para votar uma alteração ao contrato social, que tem como objetivo autorizar o Conselho de Administração a deliberar o aumento de capital até 100 milhões de euros.

A reunião, a realizar no Porto, terá como ponto único a votação da alteração parcial do contrato social, através de um novo artigo, denominado Sexto-A, proposta pela acionista Mota Gestão e Participações (MGP) e, segundo a informação enviada à CMVM, que autoriza o Conselho de Administração a deliberar um aumento de capital social com montante máximo de 100 milhões de euros, uma operação que decorre do acordo de parceria estratégica e de investimento com a China Communications Construction Company (CCCC), que adquiriu recentemente ações da empresa.

"Após este aumento do capital social, será imputável à MGP uma participação de cerca de 40% do capital social da Mota-Engil, sinal de total empenho e alinhamento com a sua posição histórica no grupo, e o novo acionista atingirá uma participação ligeiramente superior a 30%", referia a empresa num comunicado ao mercado em 27 de agosto do ano passado.

INTERNACIONAL

A França conhece os pormenores sobre a campanha de vacinação contra a covid-19, após críticas à lentidão do processo e de o Governo ter adiantado que irá acelerar e simplificar as operações.

Os pormenores serão dados a conhecer numa conferência de imprensa conjunta do primeiro-ministro, Jean Castex, e do ministro da Saúde, Olivier Véran.

Na terça-feira, Véran indicou que a França vai acelerar e simplificar a vacinação contra a covid-19, para se juntar aos parceiros europeus.

O governante enfrenta desde segunda-feira críticas sobre a lentidão da vacinação no país face a outros parceiros europeus, como a Alemanha.

LUSOFONIA, ÁFRICA E COMUNIDADES

O Presidente eleito do Gana, Nana Akufo-Addo, toma posse para um segundo mandato, depois de ter sido declarado vencedor das eleições presidenciais de dezembro pela autoridade responsável pelo escrutínio, num resultado contestado pela oposição.

A cerimónia decorrerá no parlamento ganês, na capital Acra, e surge após o candidato opositor John Dramani Mahama, antigo Presidente do país e antecessor de Akufo-Addo, ter apresentado uma queixa no Supremo Tribunal do Gana.

A cerimónia contará com a presença de vários chefes de Estado e de Governo africanos, assim como de uma delegação norte-americana, liderada pelo enviado especial dos Estados Unidos da América, Jack Pham.

Quarenta e oito horas após a votação de 07 de dezembro, a Comissão Eleitoral anunciou que o Akufo-Addo tinha sido reeleito com 51,59% dos votos, em comparação com 47,36% para Mahama, o candidato da oposição ao Congresso Nacional Democrático (NDC).

Segundo os observadores internacionais e locais, a votação decorreu num ambiente geralmente calmo, embora tenham sido mortas cinco pessoas durante os dias da votação e da contagem dos votos, de acordo com a polícia.

PAÍS

O Tribunal de Castelo Branco marcou para hoje as alegações finais do julgamento do ex-presidente da Câmara Luís Correia, acusado por dois crimes de prevaricação.

Luís Correia e dois sócios da empresa Strualbi, Alfredo da Silva Correia, pai do ex-autarca, e o empresário Eugénio Camelo, são acusados de coautoria do crime de prevaricação de titular de cargo político.

O ex-autarca responde ainda como autor material por um outro crime de prevaricação de titular de cargo político, que envolve outra empresa, a sociedade Investel, sendo o capital social detido em 74% por Joaquim Martins, seu sogro.

Segundo a acusação, em causa estão 16 contratos celebrados entre a Câmara de Castelo Branco e a empresa Strualbi, e três contratos que envolvem a Investel, entre os anos de 2013 e 2016.

SOCIEDADE

O parlamento discute oito projetos de lei sobre o clima, que contemplam medidas que vão desde o fim da venda dos automóveis tradicionais ao aumento dos comboios, para promover o combate e adaptação às alterações climáticas.

São seis projetos de outros tantos partidos (PS, PSD, BE, PCP, PAN e PEV), um da deputada não inscrita Joacine Katar Moreira e outro da deputada não inscrita Cristina Rodrigues.

São ao todo mais de 250 páginas de sugestões relacionadas com o clima, desde mitigação das alterações climáticas a novas formas de relacionamento com a agricultura, florestas e mar, passando pelos setores da água, dos resíduos, da indústria, da energia ou da mineração, da política fiscal, dos transportes ou do emprego, da educação ou da investigação.

Sempre tendo como pano de fundo as alterações climáticas e o que é preciso fazer para as mitigar, o debate tem por base um agendamento potestativo requerido em conjunto pelos grupos parlamentares do PS e do PAN.

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